5 de abril de 2022

Opinião – “Gasolina Alley – Investigação Explosiva” de Edward Drake

Sinopse

Depois de se cruzar momentaneamente com um grupo de mulheres num bar em Los Angeles, o tatuador Jimmy (Devon Sawa) descobre que as estas foram brutalmente mortas e que ele é o principal suspeito. Enquanto o detetive Freeman (Bruce Willis) e o detetive Vargas (Luke Wilson) começam a investigar Jimmy, este regressa ao submundo do crime de Los Angeles, que lutou muito para deixar no seu passado. Em busca de respostas, os corpos acumulam-se enquanto Jimmy é puxado cada vez mais para o fundo da conspiração que vai abalar o centro da cidade. Depois de uma das fontes de Jimmy ser sequestrada e a polícia emitir um mandado de prisão para ele, Jimmy considera a ideia de que a única maneira de expor os monstros por trás dos assassinatos é tornar-se ele mesmo um monstro.

Opinião por Artur Neves

Há um tempo a esta parte os filmes com o Bruce Willis não passam de uma utilização do seu nome para se tornarem credíveis, ao nível do público que usa o cinema como uma mera distração e utilização de tempo para se aturdir, quando pura e simplesmente não quer pensar em mais nada, alem de se perder na sua atenção durante aquele tempo.

Bruce Wilis foi uma ator que ganhou fama através de uma serie na TV, depois passou para o cinema fazendo o seu sucesso mais sonante com a série de filmes Die Hard que começa na década de 90 e termina com o “Die Hard 4” em 2007 com alguns intervalos de boas interpretações que não vou citar, como o “Sexto Sentido” de 1999 e outros, mas a partir de 2007 o seu nome passou a servir apenas como chamariz para mais 46 produções, também com algumas, poucas exceções de qualidade, embora a grande maioria fosse apenas para utilizar o seu nome ao serviço da produção que preferia rentabilizar o dinheiro empenhado, normalmente em projetos baratos, onde se queria obter o máximo de rentabilidade. Para completar a informação informo ainda que existem 8 títulos em fase de post-production, alguns ainda sem data de conclusão, o que significa que apesar de ele ter manifestado o seu abandono do cinema por estar sujeito a uma crise de Afasia, ainda vamos vê-lo mais uns tempos, presumo até 2023.

Esta explicação serve para justificar que esta produção tipo Série B onde este filme se insere é um filme de baixo orçamento onde o assassínio de algumas garotas é usado para incriminar um dos intervenientes, Jimmy (Devon Sawa), dono da loja de execução de tatuagens corporais “Gasolina Alley”, pelo facto que ter sido achado junto aos cadáveres das moças maltratadas um isqueiro publicitários da loja que os dois detetives investidos no caso, Freeman (Bruce Willis) e o detetive Vargas (Luke Wilson) acham suficiente para o incriminar.

Como os polícias são pouco diligentes nas investigações vai ser o principal suspeito Jimmy, filho de um anterior polícia reformado, que vai vestir a pele de detetive para descobrir o verdadeiro culpado e assim poder-se libertar da pressão que os detectives exercem sobre ele. Ele vai de clube em clube, entrevista os donos ou os responsáveis pela sala, estabelece os contactos necessários com amigos que se transformam em inimigos, segue os mais suspeitos e encontra realmente os responsáveis. Os detectives, entre os quais Bruce Willis, não servem para mais do que justificar um argumento de detecção e caça de bandidos por uma equipa de desconhecidos, sem ação, sem manobras de emoção ou surpresa, de forma e encher o tempo previsto para o filme que se pretendia construir.

No fim, no meio de uma cena de tiros chega-se à conclusão que um dos detectives estava enrolado com os traficantes (há sempre uma cena de tráfego de droga no meio) e que desde o princípio sabia de tudo. É isto o que se pode encontrar nesta história em que Bruce Willis tem quatro aparições fugazes, balbucia duas ou três frases perfeitamente supérfluas ao enredo da história e o filme faz-se com personagens de segunda ou terceira categoria para nos manter ocupados durante os 97 minutos de duração. Nem sequer dá para começar…

Tem estreia prevista em sala dia 07 de março

Classificação: 3 numa escala de 10

 

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