31 de outubro de 2015

Opinião - Filme "Amnésia" por Barbet Schroeder



Sinopse:
Estamos no início dos anos 90 e Martha vive sozinha na sua enorme casa há quarenta anos. Uma noite, um jovem músico apaixonado por música electrónica bate à porta. Fascinado pela solidão de Martha, começa a interessar-se por esta mulher que se recusa a falar na sua língua materna, o alemão, que é silenciosa e que deixou de tocar violoncelo... Apesar do mistério em torno de Martha, Jo faz-lhe descobrir o mundo da música techno que está em pleno desenvolvimento e Martha começa pouco a pouco a questionar as suas certezas…

Opinião por Maria Ana Jordão

Estar só é uma circunstância da vida. Martha (Marthe Keller) não terá escolhido estar sozinha, acredito que se tenha adaptado a esta situação, sem a contrariar. 
A solidão de Martha nada tem a ver com a ausência ou presença de pessoas, pois, de vez em quando recebia visitas.

Podemos estar na presença de alguém e sentirmo-nos completamente sós, assim como podemos nada sentir quando alguém se ausenta. Friedrich Nietzche dizia: somente quando recebemos verdadeira companhia deixamos de estar sós.

‘Amnésia’ é um drama de carácter existencial, que explora de forma equilibrada a articulação entre o mundo moderno e o mundo clássico. 'Amnésia' narra o confronto entre duas gerações, marcadas pela II Guerra Mundial.

Martha que plasma a consciência alemã revolta-se com a sua História e como consequência deixou de falar alemão, de beber vinho alemão etc. Por sua vez, Jo um jovem alemão aspirante a Dj representa a Alemanha actual, a Alemanha que Martha renega.

A paixão que nutrem pela música é, muito mais forte do que tudo o que os possa separar, e, ao ritmo de uma fusão sonora absolutamente cativante, Martha e Jo constroem uma ternurenta amizade. Martha, apercebe-se que o jovem Dj, pouco a pouco agita a sua zona de conforto, desafiando a pacatez em que vive.

Valerá esta amizade a pena, ou, é uma perda de tempo?
Martha e Jo apenas terão a resposta para esta pergunta, vivendo esta amizade.

Em Ibiza, Barbet Schoeder envolve-nos num ambiente intimista com um estilo minimalista. 
A história intergeracional de ‘Amnésia’ é subtil, dotada de uma assertividade aprimorada e diálogos sinceros que conferem credibilidade a esta narrativa invulgar.

Passatempo - A pista de gelo

A D'Magia em parceria com a Quetzal tem para oferecer um exemplar de "A pista de gelo" de Roberto Bolano.

Sinopse:
Tudo se passa durante um mês de verão numa praia do Mediterrâneo. Há uma mansão arruinada, uma bonita patinadora em decadência, e a paixão de um autarca de província. É há um crime, nas diferentes versões de três narradores que se vão completando e corrigindo. Remo Móran, Gaspar Heredia e Enric Rosquelles estão ligados a esse acontecimento central e, sem o saberem, podiam tê-lo impedido.
Pista de Gelo - que se constrói sobre as linhas características do projeto narrativo de Roberto Bolaño - é um espaço de reflexão sobre a corruptibilidade dos políticos, sobre a ação perturbadora do amor nas pessoas, sobre o desenraizamento, a amizade e a dissolução dos sonhos. E mostra-nos, sobretudo, que nada é o que aparenta ser, nada é bem o que nos contam; e que mesmo na ausência de sentido, a vida prossegue.

Para te habilitares a ser o vencedor responde às seguintes perguntas:
1 - Quem podia ter impedido o acontecimento central?
2 - Pista de gelo é um espaço de?

E envia os teus dados pessoais (incluíndo o nome completo, morada e nome de seguidor no Facebook), com o assunto "Gelo", até ao dia 17 de Novembro, para literatura@dmagia.net
 
Regras do passatempo: 
1) Só aceitamos participações de residentes em Portugal. 
2) Podem participar todos os dias. No máximo de uma vez por dia. 
3) Só serão aceites participações de fãs e/ou seguidores. 
4) É obrigatório dar like no Facebook na Página D'Magia 
5) Ser fã do facebook e seguidor do blog dá direito a duas participações no passatempo.  Não te esqueças de referir o teu nome de seguidor no email juntamente com os teus dados
6) Poderás partilhar este passatempo numa rede social e via twitter uma vez por dia. Cada nova partilha conta como uma participação extra. Basta nos ires enviando os links.
7) O prémio é sorteado via random.org entre todos os participantes validados.  
8) Os vencedores serão contactados por email.
9) Não nos responsabilizamos por qualquer extravio no envio do prémio. 

Boa sorte a todos!!!

30 de outubro de 2015

Opinião - Filme "Crimson Peak - A Colina Vermelha" por Guillermo del Toro

 

Opinião:
Eis um filme que mistura vários géneros ao mesmo tempo: drama, fantasia, romance e suspense, mas, sobretudo, terror. Sim, por isso tenham medo, muito medo! Realizado por Guillermo del Toro, sendo escrito pelo mesmo e por Matthew Robbins, o filme tem como principais protagonistas Mia Wasikowska, Tom Hiddleston, Jessica Chastain, Charlie Hunnam e Jim Beaver. Situada em Cúmbria, numa região rural e montanhosa do norte da Inglaterra no século XIX, temos uma mansão decrépita e cheia de segredos, onde a jovem autora Edith Cushing acaba por ir viver, após se apaixonar e casar-se com Sir Thomas Sharpe. Mas à medida que os dias se vão passando no misterioso casarão, ela vem a descobrir que o seu marido não é quem aparenta ser. E que não estão sozinhos, pois a casa em ruinas abriga entidades fantasmagóricas misteriosas, que Thomas e a sua irmã, Lady Lucille Sharpe, desesperada e ferozmente tentam esconder... Embora o fantástico e o sobrenatural sempre foram temas caros ao realizador, mas “A Colina Vermelha” traz-nos um del Toro mais maduro e versátil. Rendendo homenagem ao terror, o cineasta mexicano acaba por nos oferecer um dos melhores filmes do género dos últimos tempos, conseguindo provocar-nos sustos eficazes e uma tensão imensa, numa história que não é exactamente sobre fantasmas, mas sim com fantasmas. E os fantasmas de del Toro são seres aterrorizadores que passaram por algum tipo de tormento... Logo nos primeiros minutos do filme ficamos amedrontados, com a visita de um. Edith vê os fantasmas, sente-os, sabe da sua existência e acaba por transportar isso para o seu livro. E se na sua infância ela já via fantasmas, quando chega ao seu novo lar inglês, Edith passa a ter de conviver com eles. Mas del Toro deixa de lado o seu lado ameaçador para nos mostrar um problema verdadeiro e bem real, onde o filme encontra a sua profundidade: os fantasmas não são o problema. Nós, os vivos, é que o somos. Já dizia a minha avó: “Devemos ter medo dos vivos, não dos mortos”. Não percam este filme que pode bem tornar-se uma referência artística no género de terror!

29 de outubro de 2015

Opinião - Filme "Tudo vai ficar bem" por Wim Wenders


Sinopse:
Depois de uma discussão com a namorada, Thomas Eiden (James Franco), um escritor, decide conduzir sem rumo, provocando um acidente que tira a vida a uma criança. A tragédia e as consequências da mesma traumatizam-no profundamente. Ao longo dos 12 anos seguintes, ele tenta continuar com a sua vida, mas aquela situação persegue-o constantemente. Além disso, Thomas não consegue deixar de pensar que, ao provocar aquela situação, se tornou num assassino.

Opinião Maria Ana Jordão 

Thomas Eiden, provoca um acidente de carro e faz duas vítimas mortais. Esta é uma história de superação. Para que Eiden fique bem terá de deixar de olhar para trás mesmo que as mulheres da sua vida dificultem esse processo. 

Wim Wenders aprofunda 'Tudo vai ficar bem' com o seu estilo, dotado de sensibilidade e simplicidade. O argumento é realista e dá uma nova abordagem a uma história pouco original. 
Com o título a denunciar o destino da personagem principal, fica por saber como Eiden ultrapassa o trauma do acidente. 

Actores como, James Franco, Charlotte Gainsbourg, Marie-Josée Croze, Rachel McAdams deram fala ao que podia ter sido um filme mudo. Os diálogos seriam irrelevantes se não fosse pela intensidade na interpretação, que revelou uma entrega íntegra por parte dos mesmos. 

Ainda que a singularidade de 'Tudo vai correr bem' esteja nos detalhes, o espectador pode decepcionar-se ao descomplicadamente antecipar a evolução das personagens.

Passatempo Cinema - O que fazemos nas sombras

A D'Magia em parceria com a Vendetta Filmes tem para oferecer 10 convites duplos para a Sessão de Halloween do filme "O que fazemos nas Sombras", no dia 31 de Outubro, às 21.30h.

Cascais – Cinema da Villa – 10 convites duplos
 
Sinopse:
Viago (Taika Waititi), Deacon (Jonathan Brugh) e Vladislav (Jemaine Clement) são três vampiros que dividem uma casa. Algumas das dificuldades que eles têm na vida é serem imortais, encontrar sangue humano em festa noturnas, lidar com a luz solar e não conseguirem adequar a maneira de se vestirem aos padrões sociais, além de terem que pagar a renda e ainda conviver entre si dentro da casa.


Para te habilitares a ser um dos vencedores só tens de responder às seguintes perguntas: 
- Quem interpreta Viago?
- O que dividem estes vampiros?

Regras do passatempo: 
1) Enviar a resposta para literatura@dmagia.net indicando: Nome Completo e Número de BI ou CC.
2) O assunto do email deverá ter a menção: O que fazemos nas sombras
3) Só é válida uma participação por pessoa/e-mail.
4) O passatempo é válido até às 23:59 de dia 30 de Outubro.
5) Os vencedores serão apurados através de um sorteio via random.
6) Os nomes dos vencedores serão avisados através de email.

28 de outubro de 2015

Opinião - Filme "As sufragistas" por Sarah Gavron


Sinopse:
'AS SUFRAGISTAS' é um drama intenso que acompanha a história das ativistas que estiveram no início do movimento feminista, mulheres que foram forçadas à clandestinidade ao entrar num perigoso jogo do gato e do rato com um Estado cada vez mais brutal, enquanto lutavam pelo direito de voto. Essas mulheres não eram maioritariamente das classes educadas, mas sobretudo das classes operárias e que tinham assistido ao falhanço do protesto pacífico. Radicalizadas e recorrendo à violência como a única via para mudar, elas estavam dispostas a perder tudo na luta pela igualdade - os seus empregos, as suas casas, os seus filhos e as suas vidas. Maud (Carey Mulligan) era uma dessas ativistas. A história da sua luta pela dignidade é comovente e inspiradora. 

Opinião por Maria Ana Jordão

Até que se tenha podido contar a história de ‘As sufragistas’, foi árduo o caminho percorrido pelas mulheres que acreditaram ser possível ter os mesmos privilégios que os homens. 

Foi John Stuart Mill, quem em 1867 serviu de exemplo para as inglesas, ao fazer perante o Parlamento a primeira defesa oficial do voto feminino. Inspirada em Mill, Mistress Fawcett fundou o movimento sufragista. 

‘As sufragistas’ é uma oportunidade de reflexão sobre, como a mulher tem sido pensada e interpretada ao longo da história. “Para os homens, votar era considerado uma obrigação não um dever e a mulher não era digna desse dever.” 

Após a sua família ter criado Woman Social and Political Union, em 1903, Emilinne Pankhurst (Maryl Streep) líder do movimento sufragista em 1912, terá influenciado milhares de mulheres para se juntarem ao movimento reivindicando direitos e oportunidades iguais às dos homens, como o direito ao voto. 

“Vote for women” era, o que estas mulheres defendiam acreditando, sempre, que podiam fazer a diferença. Conseguir o voto significou muita solidariedade e união entre mulheres bem como posições firmes. A dura conquista pelo direito ao voto sem violência foi ignorada e a as sufragistas, não tiveram outra opção que responder com a violência.

Em 1928 foi-lhes concedido o voto sem restrições. Será possível dissociar a emancipação da mulher da luta das sufragistas? 

Na narrativa de Abi Morgan, surge como personagem principal uma figura fictícia, apesar de haver um domínio dos factos reais. O caminho de luta travado pelas 'verdadeiras' sufragistas é, romantizado por essa personagem, Maud Watts (Carey Mulligan) que entra no movimento cambaleando entre a dúvida e a certeza, até ficar segura de si mesma. Embora as sufragistas se tenham interrogado, duvidarem do que queriam não era o que as caracterizava pois, eram profundamente obstinadas. 

Em 'As sufragistas' temos uma noção da dimensão da luta pelo voto feminino, através das personagens, muitas perdiam o trabalho e até os filhos, como Maud Watts. No entanto, merecia ter sido mais desenvolvido o esforço das mulheres de ontem, na sua luta pelo direito ao voto.

Em 'As sufragistas' o ritmo é energético e destaca-se o diálogo que representa através das suas fortes palavras, o papel da mulher, como ela era entendida antigamente e, o quanto sofria com a opressão.
O plano audiovisual é bem sucedido apesar de tímido, a elaboração é completa ainda que, com algumas lacunas políticas.

Mais do que um tributo ao movimento, Sarah Gavron e Abi Morgan quiseram homenagem a mulher. O público feminino vai-se identificar com Maud Watts e tantas outras, uma vez que, temos de lutar contra algumas inseguranças, até sermos cada vez mais confiantes.

O contributo das 'autênticas sufragistas' não foi só político, também abrangeu a esfera pessoal. Devemos ao movimento feminista, em especial ás sufragistas, a percepção da mulher como um ser humano independente do homem.

OS IMPROVÁVEIS apresentam IMPROFADO no Museu do Fado

ImproFado
Peça de Teatro improvisada de 1h15 (sem interrupções para pedir novas intervenções à plateia) que nasce de uma sugestão inicial do público. É uma viagem pluridisciplinar, que mistura Teatro, Música e Pintura num ambiente improvisado mas com conteúdos mais poéticos, sensoriais e emocionais. Ao longo da peça vai sendo criado um fado, único em cada espectáculo. Composto por 3 actores, 1 pianista, 1 guitarrista e/ou 1 cantora, 1 pintor. 

SINOPSE
Peça de teatro 100% improvisada, nasce a partir da inspiração de um fado escolhido aleatoriamente pelo público, no início de cada espectáculo. Sem estrutura, cenas, personagens ou textos pré-definidos, cada espectáculo IMPROFADO é criado em conjunto com o público e em tempo real, combinando, de forma poética e emocional, artes tão diferentes, e ao mesmo tempo tão complementares, como a música, a pintura e o teatro.

Pouco a pouco, a narrativa ganha forma através das relações humanas que se geram e das ligações entre as diversas cenas. Se a princípio tudo parece desconexo, aos poucos a lógica instala-se assente na improvisação dos actores que se desdobram em múltiplas personagens e aproveitam positivamente todos os contributos dos presentes. Também em palco, músicos e cantor/a criam em tempo real temas e melodias de suporte às diversas histórias, enquanto um pintor as vai ilustrando.

Cada espectáculo é único, irrepetível e tem um fado próprio. Cada espectáculo é possível pela extraordinária dinâmica de grupo existente que, apesar de assente num profundo conhecimento mútuo e na utilização de técnicas comuns, consegue em palco e em tempo real que o improvável se torne real.

FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA 
Concepção Artística: OS IMPROVÁVEIS 
Interpretação: Marta Borges, Pedro Borges e Telmo Ramalho 
Músicos: Ruben Alves (piano), Ana Lúcia Magalhães (voz) e Nome a confirmar (guitarra)
Pintura e Ilustração: Tiago Taron

DURAÇÃO: 1h15
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: M/16
PREÇO: 5€

CONCEPÇÃO E TÉCNICA DO ESPECTÁCULO IMPROFADO
O espectáculo IMPROFADO usa uma técnica de criação colectiva espontânea e pluridisciplinar, praticamente desconhecida em Portugal – o longform - que OS IMPROVÁVEIS (Pedro Borges, Telmo Ramalho e Marta Borges) foram pioneiros a trazer para palco em Portugal. Em 2010 viajaram para Chicago (capital mundial do Improviso) e frequentaram uma especialização nesta área nos conceituados Second City e iO Chicago Theatre. Desde então continuam a apostar em formação, passando, por exemplo, pelo The Annoyance Theater e Upright Citizens Brigade Theatre, que formaram conhecidos profissionais como Tina Fey, Amy Poehler, Mike Meyers, Andy Richter ou Bill Murray. Mantêm-se em constante pesquisa, já criaram e vão continuar a criar vários formatos distintos de espectáculos de improviso, fazem regularmente intercâmbios com profissionais de renome mundial da área e participam em Festivais Internacionais (Amesterdão, Berlim, Chicago, Nova Iorque, Rio de Janeiro, Corfu, Madrid, etc).

PERCURSO DO ESPECTÁCULO IMPROFADO
Espectáculo de TEATRO DE IMPROVISO (longo formato) do Grupo OS IMPROVÁVEIS, que estreou em Junho de 2013, no Festival Internacional DEL CLOSE MARATHON, no palco da mítica UCB Theatre Chelsea em Nova Iorque, para uma plateia internacional. Em Portugal foi apresentado em Maio de 2014, no Festival Internacional de Teatro de Improviso ESPONTÂNEO, no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra e Abril no Teatro Meridional, em Lisboa.

No ano de 2010 OS IMPROVÁVEIS estrearam (em cena até hoje) outro espectáculo de Improviso que utiliza a mesma técnica de longform usada no IMPROFADO, denominado “PEÇAS DO IMPROVISO”. Esteve em cena em Portugal no Teatro A Barraca, Teatro-Estúdio Mário Viegas, Teatro São Luiz e Fábrica Braço de Prata (Lisboa). No estrangeiro passou pelo iO Chicago Theatre e Atheneum Theatre durante o Chicago Improv Festival (Chicago, EUA, em 2010) e pelo Teatro SESC Copacabana e Casa da Cultura Laura Alvim no Festival FESTLIP Brasil (Rio de Janeiro, 2011 e 2014).

26 de outubro de 2015

Passatempo Amadora BD 2015

A D'Magia tem para oferecer 22 convites duplos para a Amadora BD que começa já no próximo dia 23 de Outubro e acaba no dia 8 de Novembro.

O AmadoraBD 2015 - Festival Internacional de Banda Desenhada - organizado pela Câmara Municipal da Amadora - acontece de 23 de outubro a 8 de novembro, no Fórum Luís de Camões e outros locais da grande Lisboa – e tem como tema A Criança na BD. O tema assinala a efeméride que comemora o centenário das personagens Quim e Manecas, da autoria de Stuart Carvalhais, um dos precursores do modernismo português, considerado o autor das melhores bandas desenhadas de crítica e sátira social, nos anos 10 e 20 do séc. XX, sendo a vanguarda europeia da época. 
Neste âmbito, também os concursos organizados pelo AmadoraBD 2015 pretendem assinalar o tema e prestar uma homenagem a estas duas personagens, recordando a sua importância e contribuindo para a sua redescoberta e reconhecimento, sobretudo pelas novas gerações. 
Assim, o Concurso Nacional de Banda Desenhada tem como tema "Uma nova aventura de Quim e Manecas", enquanto o Concurso Nacional de Cartoon e o Concurso Municipal de BD e/ou Ilustração da Amadora se dedicam ao tema "Os Direitos das Crianças", tendo como base os princípios da Declaração dos Direitos da Criança. 
Todos os anos, o Festival atribui também os Prémios Nacionais de Banda Desenhada (PNBD), distinguindo edições e personalidades nacionais e estrangeiras cuja atividade se desenvolve no circuito da nova arte: melhor álbum, melhor argumento, melhor desenho, melhor álbum português em língua estrangeira, melhor álbum estrangeiro de autor português, melhor álbum estrangeiro, melhor álbum de tiras humorísticas, melhor ilustração de livro infantil, melhor ilustração estrangeira de livro infantil, prémio clássicos da nona arte, prémio fanzine, prémio juventude e troféu de honra. 
O AmadoraBD - Festival Internacional de Banda Desenhada é organizado pela Câmara Municipal da Amadora e constitui o mais importante evento na área da Banda Desenhada, a nível nacional. É também uma importante referência a nível internacional, reconhecido como um dos maiores, melhores e mais diversificados eventos de BD, integrando o calendário internacional de eventos, como o Festival Internationale de la Bande Dessinée de Angoulême (França), o Lucca Comics (Itália), o Festival Internacional del Cómic de Barcelona (Espanha), New York Comic Fest (EUA) e o San Diego Comic Convention (EUA).

Para te habilitares a ser um dos vencedores só tens de responder às seguintes questões:
- Qual o tema deste ano do Amadora BD?
- Dá um exemplo de um evento internacional integrado no calendário internacional do Amadora BD.
Regras do passatempo: 
1) Enviar a resposta para literatura@dmagia.net indicando: Nome Completo e Número de BI ou CC.  
2) O assunto do email deverá ter a menção: Passatempo Amadora BD 2015
3) Só é válida uma participação por pessoa/e-mail.
4) O passatempo é válido até às 23:59 de dia 31 de Outubro.  
5) Os vencedores serão apurados através de um sorteio via random.  
6) Os nomes dos vencedores serão avisados através de email.

24 de outubro de 2015

Opinião - Filme "Lendas do Crime" Brian Helgeland


Sinopse:
O argumentista e realizador Brian Helgeland, vencedor do Oscar® por LA Confidencial, traz-nos a verdadeira história da ascensão e queda dos mais famosos gangsters de Londres, Reggie e Ronnie Kray, ambos protagonizados por Tom Hardy, num desempenho extraordinário. Juntos, os gémeos Kray tomam conta da cidade. Mas à medida que vão aumentando o território que controlam, as divergências começam a surgir, causadas por lutas pelo poder, loucura descontrolada e por uma mulher - e vão acabar por enfraquecer a ligação entre ambos, o elo mais fraco que pode levar ao colapso do império que construíram.


Opinião por Maria Ana Jordão


Brian Helgeland, apresenta-nos uma versão romântica mas sangrenta da história das lendas londrinas do crime organizado. O poder dos gémeos Ronald e Reginald na cidade de Londres vai desde os anos 50 até aos 60. Não é de hoje que a industria do crime faz sucesso no cinema, acabando por ser rentável para os cineastas. O realizador jogou pelo seguro no seu mais recente thriller, ao adaptar para a grande tela esta história baseada em factos reais dos gémeos Kray. Em ‘As lendas do crime’ a vida destes dois irmãos é explorada mais pelos mitos e especulações que por factos reais. 

A interpretação peculiar de Frances sobre a parceria dos irmãos na organização criminosa que tinham juntamente com o seu relacionamento com Reginald são dos aspectos que o realizador mais fortalece. Os Ingleses que nos desculpem, mas o chá pode curar muita coisa incluindo indisposições, dores de cabeça...nunca a perda de quem nos tocou como ninguém. E o que tem a ver o chá com os temidos gémeos? Tudo segundo Frances, a narradora da história. 

Um guião sem falsos moralismos mas, com conteúdo e argumento com um realismo que vai desde a excelência do guarda-roupa à especificidade da imagem é, o que o espera em ‘As lendas do crime’. 
Cúmplices, os gémeos Kray protagonizam uma relação leal mas conflituosa que não tem lugar para traições, a máfia reflecte bem estes valores. 

Ronald é um esquizófrenico paranóide que além de psicótico mata por prazer, sem pudor embora, seja frágil, e, não tenha problemas em assumir a sua homosexualidade. Reginald é mais discreto, quer assentar e viver dentro da legalidade. Nem mesmo a constante tensão entre os dois irá parar esta dupla imbatível. Tom Hardy no papel do psicótico Ronald, tem de atingir expressões que não são necessárias para o papel de Ronald. Em 'As lendas do crime', o actor supera-se na sua expressividade.

Há aspectos fundamentais que não podem ser enfraquecidos, para que o enredo se torne verosímil - mas foram, tais como sintomas de um esquizófrenico paranóide que determinam a credibilidade da personagem, dinâmicas a aparecerem como apontamento como, a relação dos irmãos Kray com a Mãe, investigações do representante das autoridades Leonard ‘Nipper’ Read. Brian Helgeland optou por tornar irrelevante a presença das autoridades, o que se justifica pela sua história se gabar da imoralidade, até ao fim. 

Somos introduzidos à autoridade, 'Nipper' com ironia e sarcasmo o que nos proporciona momentos de humor. Um diálogo divertido e cativante que nos dá a conhecer a linguagem de um gangster quando contrariado, (linguagem própria quando contestado). 

Pode desfrutar da monotonia rítmica ao som de puro Soul, próprio da época, visto que, o ritmo acelera e desacelera. Apesar de haver contornos na história dos mediáticos gémeos Kray que merecem igual importância e um ritmo inesperadamente fraco, ‘As lendas do crime’ não desilude os espectadores.

23 de outubro de 2015

Novo livro de Jodi Picoult - A Contadora de Histórias

Uma das mais bem-sucedidas escritoras da atualidade traz-nos a história de uma amizade improvável cujo futuro sofrerá implicações vindas do passado.

Sage Singer é padeira de profissão. Trabalha de noite, a preparar o pão e os bolos para o dia seguinte, tentando fugir a uma realidade de solidão, a más memórias e à sombra da morte da mãe. Quando Josef Weber, um velhote que faz parte do grupo de apoio de Sage, começa a passar pela padaria, os dois forjam uma amizade improvável. Apesar das diferenças, veem um no outro as cicatrizes que mais ninguém consegue ver.

Tudo muda no dia em que Josef confessa um segredo vergonhoso há muito escondido e pede a Sage um favor extraordinário. Se ela disser que sim, irá enfrentar não só as repercussões morais do seu ato, mas também potenciais repercussões legais. Agora que a integridade do amigo mais chegado que alguma vez teve está manchada, Sage começa a questionar os seus pressupostos e as expectativas em torno da sua vida e da sua família.

Um romance profundamente honesto, em que Jodi Picoult explora graciosamente até onde podemos ir para impedir que o passado dite o nosso futuro.

22 de outubro de 2015

Sexo - Livro de Instruções

Informações e técnicas essenciais à otimização do desempenho sexual onde o grande preliminar é o humor.

O sexo é tão antigo como a civilização humana. Então por que é que, depois destes anos todos, os segredos de uma vida sexual gratificante são ainda tão ofuscados?

Felizmente, aqui está o manual para responder a todas as questões mais prementes:

Porque é que os homens adormecem depois do orgasmo?

O que é o ponto G e onde posso encontrá-lo?

Como posso introduzir brinquedos sexuais no meu relacionamento?

Que raio é “rodar a maçaneta”?

Todas as respostas a estas e outras perguntas sempre com o característico humor desta coleção e com grafismos muito explicativos!

Novo livro de José Manuel Félix Ribeiro - EUA versus China – Confronto ou Coexistência

Poderá Portugal passar entre os pingos da chuva da globalização? Um livro de Félix Ribeiro
Os Estados Unidos são o pilar-chave do Ocidente. Portugal, mas a Europa também, tem de organizar e pensar o seu futuro na globalização apoiando-se nesse pilar. Este é um dos desafios do novíssimo livro de Félix Ribeiro, EUA versus China – Confronto ou Coexistência.

O reputado economista José Manuel Félix Ribeiro, autor do sucesso que foiPortugal, a Economia de uma Nação Rebelde, está de volta com EUA versus China e, desta vez, aborda as tensões políticas e económicas do mundo em que vivemos, colocando o prisma na relação entre Estados Unidos da América e China. Um livro para ver o mundo como nunca o vimos. A China, o mundo muçulmano, a viabilidade da integração europeia são apresentadas, pelo autor, num retrato tão implacável como dinâmico. Chega às livrarias a 21 de Outubro.

EUA versus China – Confronto ou Coexistência
José Manuel Félix Ribeiro
15x23
216 páginas
17,00 €
Não Ficção/Economia
Nas livrarias a 21 de Outubro
Guerra e Paz Editores

Este é um livro exaustivo sobre a globalização e os desafios do novo milénio, que expõe as novas estratégias militares dos EUA e o futuro do Ocidente no sistema internacional.

EUA versus China analisa as linhas de força que nos levaram à crise financeira de 2008 e a resposta da nova administração dos EUA, num período em que a China, com um «novo imperador», se está a organizar para disputar a posição de Império do Meio, com a Ásia no centro das ambições.

Confronto ou coexistência é a pergunta que José Manuel Félix Ribeiro tenta responder num livro imprescindível para entender o mundo actual.

Opinião - Filme "À procura de uma estrela" de John Wells


Sinopse:
Adam Jones é um "Chef" que destruiu a sua carreira com a sua atitude de diva e com o consumo de drogas. Porém, após conseguir ficar sóbrio novamente, volta para Londres determinado a redimir-se e tornar-se gerente de um restaurante de topo capaz de ganhar três estrelas Michelin.

Opinião por Maria Ana Jordão:

Estreou, ‘À procura de uma estrela’ de John Wells com actores como Bradley Cooper, Sienna Miller, Omar Sy e até Uma Thurman esta comédia dramática pode ser doce ou amarga, dependendo do seu paladar. 

Adam Jones, é um “Chef” de cozinha tradicional com tendência para fazer tudo sozinho mas a sua audácia vai levá-lo à procura de mais uma estrela Michelin.
Para isso escolher a melhor equipa é o primeiro passo, resistir à gastronomia moderna é algo que não pode fazer, se quer ser o melhor.

Ir a um restaurante de alto nível não é para comer apenas, é, para deixar-nos levar por todas as sensações que a comida nos possa proporcionar. E com que sensações ficamos após ver ‘À procura de uma estrela?’ Ficamos com a impressão de que a história tenta ser emocionante mas não nos envolve no seu argumento.

Com uma excelente edição, a narrativa centra-se essencialmente naquilo que implica ser um “Chef” e um ou outro ingrediente extra, fazendo-nos pensar que não foram bem confeccionados.
Este profissional tão bem conhecido do público, tem de estar sempre atento a tudo, numa constante corrida contra o tempo, a profissão foi bem retratada pelo realizador à exepção dos excessos. Excesso é com o que nos premeia o argumento de Steven Knight, para quê tanta azáfama? É a questão, se avaliadores são assim tão fáceis de descobrir...

O argumentista de ‘Brunt’ ou '`À procura de uma estrela', escolhe uma personagem principal com um passado problemático e um romance que se avizinha previsível.
Entre os actores não houve química, a esta história de amor falta sal, pimenta ou até açúcar.

O que acontece na cozinha de Adam Jones é, o foco do argumento. Em vez de criar uma relação empática com a vida pessoal de Adam Jones é com o profissional que o espectador se vai identificar.
É na cozinha que se vive uma atmosfera realista e um ritmo empolgante. Bradley Cooper destaca-se mais enquanto “Chef” do que como o perturbado Adam Jones. Irá Adam Jones superar o passado e ter a atitude necessária para atingir o seu objectivo?

O diálogo ainda que limitado surpreende, se nos abstrairmos dos nossos pré-conceitos quanto à temática que se aborda. Não espere um guião profundo, mas pode esperar credibilidade.

Sobreviver na competitiva cidade de Londres requer um menu que corresponda às suas exigências. Ainda que apelativo e delicioso o que sugere Adam Jones não basta, a competição e a crítica pedem que haja mais criatividade e que esteja um passo à frente dos seus concorrentes.

Certos de que o espectador é o melhor crítico, ‘À procura de uma estrela’, coloca-lhe um desafio. Vai Adam Jones abrir-lhe o apetite?

Passatempo Cinema - Mune, o Guardião da Lua

A D'Magia em parceria com a Cinemundo tem para oferecer 10 convites duplos para a Antestreia VIP do filme "Mune, o Guardião da Lua", no dia 27 de Outubro, às 19h, que conta com a presença dos actores Isabel Silva, Nuno Eiró e Pedro Górgia, entre outras personalidades.

Lisboa – Cinema UCI Dolce Vita Tejo – 10 convites duplos


Sinopse:
Num mundo mítico, Mune, com uma faceta um pouco selvagem, é nomeado contra a sua vontade, guardião da lua. O seu trabalho é trazer a noite e tomar conta do mundo dos sonhos. Mas uma série de desastres, uns atrás de outros, dá a oportunidade ao guardião da escuridão, de roubar o sol. Com a ajuda de Sohone, o orgulhoso guardião do sol e da frágil Cire, Mune entra numa extraordinária missão, que irá torná-lo um guardião lendário!


Para te habilitares a ser um dos vencedores só tens de responder às seguintes perguntas: 
- Qual é o trabalho de Mune?
- Como se chama o guardião do sol?

Regras do passatempo: 
1) Enviar a resposta para literatura@dmagia.net indicando: Nome Completo e Número de BI ou CC.
2) O assunto do email deverá ter a menção: Mune, o Guardião da Lua
3) Só é válida uma participação por pessoa/e-mail.
4) O passatempo é válido até às 23:59 de dia 25 de Outubro.
5) Os vencedores serão apurados através de um sorteio via random.
6) Os nomes dos vencedores serão avisados através de email.

Passatempo Amadora BD 2015

A D'Magia tem para oferecer 22 convites duplos para a Amadora BD que começa já no próximo dia 23 de Outubro e acaba no dia 8 de Novembro.

O AmadoraBD 2015 - Festival Internacional de Banda Desenhada - organizado pela Câmara Municipal da Amadora - acontece de 23 de outubro a 8 de novembro, no Fórum Luís de Camões e outros locais da grande Lisboa – e tem como tema A Criança na BD. O tema assinala a efeméride que comemora o centenário das personagens Quim e Manecas, da autoria de Stuart Carvalhais, um dos precursores do modernismo português, considerado o autor das melhores bandas desenhadas de crítica e sátira social, nos anos 10 e 20 do séc. XX, sendo a vanguarda europeia da época. 
Neste âmbito, também os concursos organizados pelo AmadoraBD 2015 pretendem assinalar o tema e prestar uma homenagem a estas duas personagens, recordando a sua importância e contribuindo para a sua redescoberta e reconhecimento, sobretudo pelas novas gerações. 
Assim, o Concurso Nacional de Banda Desenhada tem como tema "Uma nova aventura de Quim e Manecas", enquanto o Concurso Nacional de Cartoon e o Concurso Municipal de BD e/ou Ilustração da Amadora se dedicam ao tema "Os Direitos das Crianças", tendo como base os princípios da Declaração dos Direitos da Criança. 
Todos os anos, o Festival atribui também os Prémios Nacionais de Banda Desenhada (PNBD), distinguindo edições e personalidades nacionais e estrangeiras cuja atividade se desenvolve no circuito da nova arte: melhor álbum, melhor argumento, melhor desenho, melhor álbum português em língua estrangeira, melhor álbum estrangeiro de autor português, melhor álbum estrangeiro, melhor álbum de tiras humorísticas, melhor ilustração de livro infantil, melhor ilustração estrangeira de livro infantil, prémio clássicos da nona arte, prémio fanzine, prémio juventude e troféu de honra. 
O AmadoraBD - Festival Internacional de Banda Desenhada é organizado pela Câmara Municipal da Amadora e constitui o mais importante evento na área da Banda Desenhada, a nível nacional. É também uma importante referência a nível internacional, reconhecido como um dos maiores, melhores e mais diversificados eventos de BD, integrando o calendário internacional de eventos, como o Festival Internationale de la Bande Dessinée de Angoulême (França), o Lucca Comics (Itália), o Festival Internacional del Cómic de Barcelona (Espanha), New York Comic Fest (EUA) e o San Diego Comic Convention (EUA).

Para te habilitares a ser um dos vencedores só tens de responder às seguintes questões:
- Qual o tema deste ano do Amadora BD?
- Dá um exemplo de um evento internacional integrado no calendário internacional do Amadora BD.
Regras do passatempo: 
1) Enviar a resposta para literatura@dmagia.net indicando: Nome Completo e Número de BI ou CC.  
2) O assunto do email deverá ter a menção: Passatempo Amadora BD 2015
3) Só é válida uma participação por pessoa/e-mail.
4) O passatempo é válido até às 23:59 de dia 25 de Outubro.  
5) Os vencedores serão apurados através de um sorteio via random.  
6) Os nomes dos vencedores serão avisados através de email.

21 de outubro de 2015

Novidades Editoriais da Elsinore - Arranha-Céus

«Arranha-Céus» marca o regresso do autor de culto J.G. Ballard ao mundo editorial português. À venda a 12 de outubro.

«Mais tarde, sentado na varanda a comer o cão, o Dr. Robert Laing refletiu sobre 
os estranhos acontecimentos que nos últimos três meses tinham ocorrido no interior do prédio enorme.» 
É assim que arranca «Arranha-Céus», romance inédito em português de J. G. Ballard, autor de culto e sem fronteiras, especialista em diagnosticar e antecipar o mal-estar futuro. Num imponente edifício de quarenta andares, o último grito da arquitetura contemporânea, vive Robert Laing, um bem-sucedido professor de medicina, e duas mil pessoas. Para desfrutarem desta vida luxuosa, não precisam sequer de sair do prédio: ginásio, piscina, supermercado, tudo se encontra à distância de um elevador. Mas alguma coisa estranha borbulha por baixo desta superfície de rotina.

Primeiro vandalizam-se os automóveis do parque de estacionamento, depois assaltam-se os habitantes. Um incidente conduz a outro e, acossados, os habitantes separam-se por pisos. Quando aparecem as primeiras vítimas, a festa mal começou. O realizador de documentários Richard Wilder resolve avançar, de câmara em punho, numa viagem por esta inexplicável orgia de destruição, testemunhando o colapso do que nos torna humanos.

Entre a alucinação e a anarquia, a visão futurista de J. G. Ballard oferece-nos o retrato demencial, lógico de como a vida moderna nos pode empurrar, não para um estádio mais avançado na evolução, mas para as mais primitivas formas de sociedade.

«Arranha-Céus» (High Rise no original) assinala a estreia de Ballard no catálogo Elsinore. Muito em breve poderemos ver a adaptação deste romance cheio de arestas ao cinema.

Em suma: seja bem-vindo ao inferno da vida moderna.


«Arranha-Céus» de J. G. Ballard (224 pp, 16,99€)


«O melhor romance de Ballard. Um triunfo.» - The Times

«Ballard é o mais imaginativo dos sucessores de H. G. Wells.» - Kingsley Amis
«Inventivo. Arranha-Céus é um bestiário intenso e vívido, que permanece, incómodo, na nossa mente.» - Martin Amis

O Que Vemos, Quando Lemos - Novidades Elsinore

O que vemos quando lemos? Tolstoi chegou a descrever Anna Karénina? Herman Melville alguma vez nos revelou a aparência exata de Ismael? O conjunto de imagens fragmentadas numa página — uma orelha elegante ali, uma madeixa rebelde acolá, um chapéu posicionado de determinada maneira — e outras pistas e significantes ajudam- -nos a imaginar uma personagem. Mas, na verdade, a sensação de conhecermos intimamente uma personagem tem pouco que ver com a nossa capacidade de imaginarmos as figuras literárias que amamos (ou odiamos).

O Que Vemos Quando Lemos é uma exploração singular e deslumbrante da fenomenologia da leitura, mostrando-nos como formamos imagens a partir da leitura de obras literárias, e como essas interpretações transformam a própria obra.Peter Mendelsund, um dos mais conceituados designers editoriais contemporâneos, combina uma carreira artística premiada com a sua primeira paixão, a literatura, num dos mais provocadores e invulgares exercícios acerca da forma como compreendemos o ato de ler.

AUTOR
O autor, um dos mais conceituados designers editoriais contemporâneos, combina uma carreira artística premiada com a sua primeira paixão, a literatura, num dos mais provocadores e invulgares exercícios acerca da forma como compreendemos o ato de ler.
Peter Mendelsund é diretor de arte associado da Alfred A. Knopf, uma das mais conceituadas editoras norte-americanas, e pianista clássico em recuperação. O seu trabalho tem sido reconhecido pelo Wall Street Journal como produzindo «as capas de livros mais icónicas e imediatamente reconhecíveis da ficção contemporânea». Vive em Nova Iorque.

IMPRENSA
«Um tratado ilustrado e divertido que explora os desafios particulares de transformar palavras em imagens, numa combinação de ilustração com filosofia, crítica literária e teoria do design.» - TheNew York Times

20 de outubro de 2015

Passatempo - A receita da felicidade

A D'Magia em parceria com a Pergaminho tem para oferecer um exemplar de "A receita da felicidade" de Deepak Chopra.

Sinopse:
Todos desejamos ser felizes. Contudo, o caminho para atingir a felicidade continua a ser um mistério para quase todos os humanos. Mais misterioso ainda é o segredo da felicidade duradoura que nenhuma circunstância negativa consegue diminuir. Ao longo destas páginas, Chopra oferece uma verdadeira Receita da Felicidade - sete estratégias práticas e eficazes para descobrir os verdadeiros segredos para uma vida feliz, mesmo nos momentos mais difíceis: Reconhecer a verdadeira felicidade e não aceitar nada menos que isso; Encontrar a verdadeira auto-estima, que não depende de circunstâncias externas; Regressar ao estado de alegria, paz e satisfação espontânea que nos pertence por direito; Concentrar-se no momento presente e viver cada momento ao máximo; Experimentar a iluminação, pois até o mais breve vislumbre da consciência universal pode transformar a sua vida. Vivemos numa sociedade que parece querer convencer-nos de que a felicidade advém do sucesso - quanto mais bens materiais possuirmos, quanto mais objectivos atingirmos, mais felizes seremos. Mas a verdade, revela-nos é precisamente o contrário: o verdadeiro sucesso consiste em ser feliz.

Para te habilitares a ser o vencedor responde às seguintes perguntas:
1 - O que é que continua a ser um mistério?
2 - Vivemos numa sociedade que parece querer convencer-nos de quê?

E envia os teus dados pessoais (incluíndo o nome completo, morada e nome de seguidor no Facebook), com o assunto "A receita da felicidade", até ao dia 15 de Novembro, para literatura@dmagia.net
 
Regras do passatempo: 
1) Só aceitamos participações de residentes em Portugal. 
2) Podem participar todos os dias. No máximo de uma vez por dia. 
3) Só serão aceites participações de fãs e/ou seguidores. 
4) É obrigatório dar like no Facebook na Página D'Magia 
5) Ser fã do facebook e seguidor do blog dá direito a duas participações no passatempo.  Não te esqueças de referir o teu nome de seguidor no email juntamente com os teus dados
6) Poderás partilhar este passatempo numa rede social e via twitter uma vez por dia. Cada nova partilha conta como uma participação extra. Basta nos ires enviando os links.
7) O prémio é sorteado via random.org entre todos os participantes validados.  
8) Os vencedores serão contactados por email.
9) Não nos responsabilizamos por qualquer extravio no envio do prémio. 

Boa sorte a todos!!!

Um Ano de Mindfulness

 
Um Ano de Mindfulness - Meditações semanais para colorir

52 ilustrações a traço para colorir, cada ilustração complementada por uma frase, incorporada no próprio desenho. São frases inspiradoras que convidam à reflexão sobre a consciência, a presença e a harmonia interior, de alguns dos autores mais respeitados a escrever sobre estes temas, como Paulo Coelho, Louise Hay, Augusto Cury, Brian Weiss, Eckhart Tolle e Osho.

As 52 ilustrações foram concebidas para que se colorisse uma por semana, completando assim um ano de prática de mindfulness; mas a decisão de como colorir este livro cabe inteiramente ao leitor.

No verso de cada ilustração existe uma página pautada em branco cujo espaço pode ser usado para escrever os pensamentos que ocorrem ao colorir, ou a interpretação do significado de cada ilustração ou ainda reflexões acerca da frase que a acompanha.

As páginas deste livro são picotadas para que se possa, caso se deseje, arrancá-las e emoldurar as suas pinturas. Podem também ser deixadas no livro, para que este álbum, uma vez colorido, constitua um belo livro ilustrado como recordação de um ano de mindfulness.

A estreia em Portugal de Augusto Cury no romance


Título: Felicidade Roubada
Autor: Augusto Cury
Género: Desenvolvimento pessoal
N.º de páginas: 208
Data de lançamento: 9 de outubro
PVP: 15,50€

O novo romance de Augusto Cury sobre os fantasmas da emoção que sabotam a felicidade.
E se, de repente, perdesse a capacidade de fazer aquilo que dá sentido à sua vida? E se fosse paralisado pelos seus medos? Alan Alcântara é um neurocirurgião bem-sucedido, que dedica grande parte do seu tempo à medicina. Cético e pragmático, não reconhece qualquer sinal de fraqueza em si e tem dificuldade em lidar com a vulnerabilidade nos outros.
A vida profissional consome-lhe toda a energia, e, apesar de amar a sua inteligente filha Lucila e sua adorável mulher Cláudia, mal convive com elas. Pensa que o amor é algo incondicional e não precisa de cuidados...
Durante uma cirurgia, no entanto, Alan é acometido por uma crise de pânico e não é capaz de terminar o procedimento, deixando a responsabilidade para o seu auxiliar. Alan convence-se de estar a sofrer um ataque cardíaco, e não admite o diagnóstico: tem um transtorno psíquico. Mas o seu mal-estar jamais poderia ter origem emocional, pensa; isso é para fracos. Alan verá as suas certezas desmoronarem-se perante a doença – que irá significar, em última instância, uma oportunidade rara para ele se reconstruir como ser humano.

Sobre o autor:
É psiquiatra, psicoterapeuta, cientista e escritor. Desenvolveu o conceito de inteligência multifocal, uma perspetiva inovadora do funcionamento da mente e da construção do pensamento. É investigador na área de qualidade de vida e de desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos. Os seus livros ocupam os lugares cimeiros nas listas de livros mais vendidos em todos os países onde são publicados. É considerado o autor mais lido do Brasil dos últimos anos e um verdadeiro fenómeno editorial, com mais de 20 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo.
Dirige o Instituto Academia de Inteligência, que dá formação a executivos, educadores, médicos, psicólogos, advogados, universitários e a qualquer pessoa interessada em expandir os horizontes da sua mente, em educar a sua emoção e em melhorar a sua qualidade de vida.
O Dr. Cury é patrono da Universidade da Criança em Portugal e doutor Honoris Causa da universidade Unifil, assim como membro de honra da academia de génios do Instituto da Inteligência, no Porto.

19 de outubro de 2015

As aventuras de Alex Cross continuam em Fogo Cruzado

Titulo: Alex Cross: Fogo Cruzado
Autor: James Patterson
N.º Páginas: 384
PVP: 18,79€
Nas livrarias a 12 de Outubro


Fogo Cruzado, hoje nas livrarias, é o mais recente volume de uma das séries policiais mais populares no planeta e a que lançou James Patterson, o autor mais bem-sucedido em todo o mundo, para o estrelato.


Alex Cross: Fogo Cruzado, à semelhança dos restantes livros da série, é um livro de leitura compulsiva, recheado de ação e reviravoltas. Aliás, uma escrita a que James Patterson já nos habituou e que lhe permitiu criar uma legião de fãs em todo o mundo, resultando em mais de 305 milhões de livros vendidos.

Sinopse:
Os planos para o casamento do detetive Alex Cross com a sua noiva, Bree Stone, são interrompidos. Alex é chamado à cena de crime do assassínio de dois dos mais corruptos de Washington, DC: um congressista sem escrúpulos e um lobista dissimulado. Mas o atirador furtivo volta a atacar, escolhendo outros políticos corruptos como alvos, e desencadeando uma torrente de teorias — afinal, será este atirador um herói ou um mercenário?
O caso toma proporções inesperadas e o FBI destaca o arrogante agente Max Siegel para a investigação. Rapidamente, Alex e Siegel entram em confronto acerca de quem tem jurisdição sobre o caso.
Entretanto, os assassínios continuam. Enquanto se debate com a identidade do atirador, Siegel e o casamento, Alex recebe um telefonema do seu mais mortífero adversário — Kyle Craig. O génio do crime está de volta a DC e não irá descansar enquanto não tiver eliminado de vez Cross e todos os seus entes queridos. Apanhado no fogo cruzado, irá Alex conseguir sobreviver?

Prémio:
James Patterson será distinguido com o Liberarian Award for Outstanding Service to the Amercian Literary Community na 66.ª edição dos National Book Awards, os principais galardões de literatura dos Estados Unidos. 
A organização justifica a atribuição deste prémio fruto das contribuições que o autor fez até hoje para garantir a vitalidade da cultura literária americana. James Patterson já doou mais de 250 mil livros a crianças, mais de 650 mil livros a soldados americanos e milhões de dólares para bolsas escolares. Os National Book Awards serão atribuídos numa cerimónia a realizar no dia 18 de novembro, em Nova Iorque.

Sobre o autor:
James Patterson já criou mais personagens inesquecíveis do que qualquer outro escritor da atualidade. É o autor dos policiais Alex Cross, os mais populares dos últimos vinte e cinco anos dentro do género.
Entre os seus maiores bestsellers estão também Invisível, Private: Agência Internacional de Investigação, The Women’s Murder Club (O Clube das Investigadoras) e Michael Bennett. (www.jamespatterson.com)

James Patterson é o autor que teve mais livros teve até hoje no topo da lista de bestsellers do New York Times, segundo o Guinness World Records. Desde que o seu primeiro romance venceu o Edgar Award, em 1977, os seus livros já venderam mais de 305 milhões de exemplares.
Patterson escreveu também diversos livros para leitores jovens e jovens adultos, de grande êxito, entre os quais estão as séries Confissões, Maximum Ride, Escola e Eu, Cómico. Em Portugal, James Patterson é publicado pela Topseller (adulto e jovem adulto) e pela Booksmile (juvenil).

Opinião - O Escândalo Modigliani - Joe Follett


Título: O Escândalo Modigliani
Autor: Joe Follett
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
O Escândalo Modigliani foi publicado pela primeira vez em 1976. É um policial com um ritmo trepidante e um enredo surpreendente, mas é também uma sátira ao universo dos marchands, das galerias e do mercado de arte. Quando Dee Sleign, uma jovem formada em História de Arte a passar o verão em Paris, se depara com a pista de um Modigliani desconhecido que o pintor terá oferecido a um amigo, comunica a sua descoberta ao tio, Charles Lampeth, dono de uma conceituada galeria de arte em Londres e que de imediato contrata um detetive para descobrir o quadro. Dee parte então para Itália atrás das pistas que tem, desconhecendo que uma série de outras pessoas vão no seu encalce, na esperança de encontrarem o quadro antes dela. Fraudes, vinganças, traições, tudo tem lugar nesta aventurosa corrida contra o tempo pela posse da obra-prima perdida de Modigliani.

Opinião por Jorge Figueiredo:
Um pequeno thriller pelo Mundo da Arte, que é também uma corrida por locais como Londres, Paris, as ilhas Gregas e a Toscânia, atrás de um quadro perdido de Modigliani.
Apesar de não ser um dos livros mais habituais para Ken Follet, continua a ser um livro feito com o cuidado que lhe reconhecemos e que nos envolve na descoberta dos detalhes de operação dos mercados legais e ilegais em torno da Pintura. Mas sobretudo é um livro ligeiro com enorme sentido de entretenimento, sobretudo à conta do ritmo rápido e das múltiplas reviravoltas.
Há várias personagens em jogo e temos vislumbres das suas motivações e de como os seus problemas pessoais as transformam dentro daquele mundo, mas no final é a trama e as suas múltiplas mirabolantes hipóteses que comandam os acontecimentos.
Creio que o Mundo da Arte e os seus mistérios naturais é sempre um ambiente muito atractivo para os leitores como para os escritores que queiram dar largas à sua imaginação conspirativa. E como Ken Follet escreve muito bem, sendo preciso mas não simplista, torna-se num prazer ainda maior correr atrás do Modigliani a par das personagens.
Embora seja o próprio autor a colocar em causa o resultado final deste livro, um dos seus primeiros, por não ter alcançado os objectivos a que se propôs, é um thriller de linhas clássicas e uma leitura libertadora para dias mais atribulados.

Novidades Topseller, para ela

Depois de Filhas da Tempestade, um excitante romance passado em 1453, a rainha do romance histórico regressa com O Ouro Alquimista. Estamos em 1454, na opulenta cidade de Veneza.

Quem também está de regresso com mais um romance histórico é Tessa Dare, com A Noiva do Marquês.

18 de outubro de 2015

«Minha Mulher, A Solidão», edição de luxo de Fernando Pessoa

O que é que Fernando Pessoa nos tem a dizer sobre as mulheres? E se, num livro único, se reunissem os textos de Pessoa e dos seus heterónimos sobre as mulheres, o casamento, o amor e o desejo? São tex­tos em que se acon­se­lham mulhe­res. Num deles, Pes­soa — ou será Ber­nardo Soa­res? — propõe-se ensi­nar às mulhe­res como trair os mari­dos em ima­gi­na­ção.

Vem aí um livro de con­se­lhos a casa­das, mal­ca­sa­das e algu­mas sol­tei­ras. São con­se­lhos hete­ro­ní­mi­cos de Fer­nando Pes­soa (que tan­tas vezes terá sido hete­ró­nimo de si mesmo). Vem aí um livro de soli­dão, a soli­dão de mulher num homem que, se as que­ria, não sabia como havia de as querer.

É este o livro que a Guerra e Paz faz chegar às livrarias, a 21 de Outubro. Inspirado num verso de Pessoa, o livro chama-se Minha Mulher, a Solidão. Mas vamos também chamar-lhe, porque há outros textos que assim o exigem, Conselhos a Casadas, Malcasadas e algumas Solteiras. Um livro irreverente, de capa dura e lombada solta, com costura à vista.
Trata-se de um livro de colecção, para bibliófilos, que nenhum admirador de Pessoa pode perder. Capa em cartão grosso, de 3,5 mm de espessura, com as faces do miolo pintadas à mão, a vermelho, o livro abre logo com uma surpresa: uma pintura original de Ana Vidigal, a que se segue um texto-poema de Eugénia de Vasconcellos. Duas mulheres confrontam-se com a misoginia de Fernando Pessoa.

Mas há mais surpresas neste Minha Mulher, a Solidão. A par dos textos sobre as mulheres, impressos em papéis de luxo (dois Munken diferentes de 150 gramas) irrompe um segundo livro, em papel de jornal, reveladores de outras sexualidades, da pulsão homoerótica à perversão masoquista.

A organização é de Manuel S. Fonseca, que escreve o texto de apresentação. O grafismo é de Ilídio Vasco.

Tal como Flores do Mal, o livro de Fernando Pessoa com capa de madeira que apresentamos em 2014, também Minha Mulher, a Solidão tem uma tiragem limitada e numerada de 1.850 exemplares.

Opinião - A Guerra Eterna - Joe Haldeman


Título: A Guerra Eterna
Autor: Joe Haldeman
Editora: Edições Asa

Sinopse:
Em 1997 a Terra entra pela primeira vez em contacto com os extraterrestres tauranos. Este encontro marca o início de uma guerra impiedosa. As autoridades terrestres decidem enviar um contingente de elite, e preparam um programa de treino quase inumano, destinado a produzir soldados capazes de aguentar tudo. William Mandella é um desses soldados.
A fim de viajar até à frente de batalha, os soldados têm de atravessar portais chamados collapsars, que causam uma distorção espáciotemporal, fazendo com que o tempo subjetivo da nave seja mais lento que o tempo «real» do universo. Ou seja, quando Mandella regressa a casa após dois anos, quase três décadas passaram na Terra. E conforme viajam para mais longe, maior é a dilatação, passando de décadas para séculos inteiros.
A luta mais cruel que estes soldados terão de travar será a sua batalha pessoal contra o tempo.

Opinião por Jorge Figueiredo:
Uma das obras fundamentais de Ficção Científica, A Guerra Eterna surpreende pela forma como mistura um cenário de “ópera espacial” com uma forte componente de possível realismo da vida militar em tempo de conflito.
Empolgante como obra de acção, o livro tem uma mensagem anti-bélica que continua a fazer sentido hoje mas cuja expressão é maior quando vista à luz da Guerra do Vietname que acabara há pouco e que o autor conheceu de forma directa: o apelido do protagonista, William Mandella, é uma variação aproximada do do autor.
Por exemplo, a leitura complexa das afinidades e/ou obrigações sexuais dos militares ao longo da obra não podem deixar de ser vistas como uma ponte entre o que fora a geração “Peace and Love” e o rasto de crimes hediondos que os militares deixaram ao longo do tempo de guerra. Tal como o retorno do protagonista a uma Terra onde se passaram séculos, que para ele não foram mais do que um ano, mostra uma incapacidade de conciliar o serviço militar com a realidade deixada para trás e vice-versa, ou seja, da sociedade aceitar o retorno de homens capazes de cometer atrocidades.
Um sintoma grave da Guerra do Vietname levado ao extremo pela inclusão no livro da Teoria da Relatividade, que enriquece o ambiente do livro. A preparação do autor ao nível teórico é digna de nota e é suportada pelo facto de Joe Haldeman fazer um trabalho de descrição meticuloso. E isso tanto é bom como mau.
Bom porque funciona de forma brilhante na envolvência das cenas de batalha e porque nos dá uma enorme compreensão da Física que ele inclui no seu romance bélico. Mau porque, no limite, desequilibra muito o livro que é veloz nos combates e lento nas explicações teóricas.
Talvez fosse difícil conciliar os dois momentos de forma mais contínua e certamente que não é isso que faz com que o livro não seja uma leitura fundamental.