24 de abril de 2019

Opinião – “Vingadores: Endgame” de Anthony & Joe Russo


Sinopse

Depois do estalar de dedos de Thanos, que dizimou metade da população mundial e destruiu a equipa dos Vingadores, os que sobreviveram têm de tomar uma posição final em “Vingadores: Endgame”, o grande desfecho dos 22 filmes da Marvel Studios.

Opinião por Artur Neves

E após 21 filmes desta série da Marvel, (penso que nem todos foram apresentados entre nós) eis que temos o 22º anunciado como o último da chancela dos Vingadores. Não é que possamos acreditar piamente neste anúncio, pois com os anos que por cá andamos já vimos muitas “piruetas” em anúncios do mesmo género até ao ponto de ressuscitar mortos para continuara uma saga. Foi dos blockbusters de maior sucesso da Marvel em termos de bilheteira, como tal esperemos para ver.
No filme anterior, “Vingadores – Guerra do Infinito” em 2018 os fans receberam um murro no estômago quando Thanos, o vilão, sai vitorioso depois de eliminar metade de todas as criaturas da terra, incluindo alguns dos nossos heróis favoritos. Coisa nunca vista, o vilão ganhar e os heróis perderem, mas aconteceu.
Como tal este filme “sabe” a desforra (e a Parte 2) relativamente ao desaire anterior e de facto assim é, só que, para “saborear a vitória em todo o seu esplendor”, isto é, para apreciar com prazer durante 182 minutos, todas as pequenas vitórias parciais que compõem a vitória final o meu caro leitor teria de conhecer todos os personagens envolvidos nos anteriores filmes, para usufruir com propriedade dos gracejos e piadas cruzadas que os dois argumentistas; Christopher Markus, Stephen McFeely incluíram nesta história, ficando este filme o mais “Marvel” desta saga da Marvel, se é que se pode atribuir um estilo “Marvel” a uma história que até tem enredo e novidade, constituída pela interação de personagens em novos personagens que vão preencher as lacunas deixadas pelos vencidos da “Guerra do Infinito”.
Não há aqui lugar para especificar detalhes, pois como em todos os outros filmes trata-se de mais um exemplo da luta entre o bem e o mal e que por ser o último… (será mesmo?...) a produção investiu todas as suas “fichas” para que seja memorável o modo como se processa esta luta, definitivamente espetacular se visto em todo o esplendor do IMAX 3D, ou 4DX 3D, como sendo as plataformas mais envolventes e imersivas que o cinema nos pode oferecer.
Como em todos os filmes de super heróis o ambiente é de epopeia, de alegria, de vitória e se aceitar participar neste desafio não se desiluda durante o primeiro quarto de hora que nos mostra o “lamber das feridas” dos nossos heróis, recriando o ponto mais baixo do fulgor que se seguirá em crescendo, provocando emoção e alegria até às lágrimas.
Pessoalmente não adiro com muita facilidade a estas euforias, mas não posso deixar de reconhecer a alegria esfuziante que o filme pretende transmitir e o espírito de vitória que devemos sentir em face dos problemas, embora fundamentado no sofrimento, para alcançar o sucesso, pelo que a classificação atribuída reflete mais o que o filme quer transmitir aos fans e aderentes do género, do que o efeito que o mesmo me causou.

Classificação: 7,5 numa escala de 10

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