22 de outubro de 2019

Opinião – “A Família Addams” de Greg Tiernan, Conrad Vernon


Sinopse

Preparem-se para estalar os dedos!
Os Addams, a família mais arrepiante do Halloween, estão de volta ao grande ecrã na primeira comédia animada sobre a família mais estranha e macabra do bairro. Divertida, excêntrica e absolutamente icónica, a Família Addams vai redefinir o que significa ser um bom vizinho.

Opinião por Artur Neves

“A Família Addams” teve a sua primeira apresentação com atores em 1964 como uma série de TV no género de comédia de humor negro, tendo sido continuada em forma de BD nos anos de 1973 e 1992. A primeira versão de cinema foi apresentada em 1991 e alcançou relativo sucesso através do desempenho dos personagens e de alguns efeitos especiais inovadores para a época, particularmente como foi o caso da mão que apresenta vida própria e age de acordo com as situações com que é confrontada.
No caso presente, a dupla; Greg Tiernan e Conrad Vernon, que já nos ofereceu; Shrek 2, Madagáscar 3, Monstros vs. Aliens, e outros, apresenta-nos agora a primeira adaptação em animação para o grande ecrã da popular série de cartoons que Charles Addams criou para a New Yorker sobre uma excêntrica, misteriosa e macabra família: “A Família Addams”.
Neste filme, a família da mansão em ruínas no topo de uma colina em Nova Jersey, tem um novo vizinho - o fenômeno da TV Margaux Needler – que está a construir uma comunidade pré-fabricada, plástica e colorida. Quando o nevoeiro levanta, Margaux fica desconcertada ao ver a mansão da Família Addams - a única coisa que fica entre si e o seu sonho de vender todas as casas do bairro e ser adorada como uma personalidade de TV para sempre.
Enquanto isso, Pugsley terá de enfrentar um ritual de passagem para provar que está pronto para se tornar um homem da Família Addams e Wednesday faz amizade com a filha de Margaux, Parker, dando início a atividades “normais” como frequentar a escola pública, pertencer à claque, usar fitas cor de-rosa ou um alfinete de cabeça que lhe trouxe alguns dissabores.
A versão original do filme conta com as vozes de Oscar Isaac (Gomez), Charlize Theron (Morticia), Chloë Grace Moretz (Wednesday), Finn Wolfhard (Pugsley) e Allison Janney (Margaux). Na versão dobrada em Português teremos entre outros; Filomena Cautela, Renato Godinho, Sónia Tavares, FF e Custódia Gallego.
A história é muito simples dando particular ênfase à cerimónia de emancipação de Pugsley para a qual toda a família é convidada a assistir, enquanto a estrela de TV especializada em reformas domésticas, numa clara alusão aos programas “Mudei a Casa”, planeia e implementa a referida mudança, que será totalmente revertida no fim do filme e nos sugere o título da célebre comédia de William Shakespeare; “Muito Barulho para Nada”.
Mantêm-se fieis ao original de Charles Addams as personalidades de toda a família, continuando muito acesa a paixão ardente entre Gomez e Mortícia, muito embora esta se apresente mais altiva e distante, surgem alguma piadas um pouco nervosas acerca do tio Fester ser ou não um criminoso sexual e termina com uma versão cantada do tema musical do filme. Se virmos esta versão sem nos lembrarmos da versão de 1991 aceitaremos como boa a moral da história, mas sabe francamente a pouco.

Classificação: 4 numa escala de 10

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