26 de outubro de 2019

Opinião – “Exterminador Implacável: Destino Sombrio” de Tim Miller


Sinopse

A história de “Exterminador Implacável: Destino Sombrio” começa 20 anos depois de Sarah Connor impedir o Dia do Julgamento, mudar o futuro e reescrever o destino da raça humana. Dani Ramos (Natalia Reyes) vive uma vida simples na Cidade do México com o irmão (Diego Boneta) e o seu pai quando um novo exterminador altamente avançado e mortal - um Rev-9 (Gabriel Luna) - viaja no tempo com o objetivo de caçá-la e matá-la. A sobrevivência de Dani depende da sua união com duas guerreiras: Grace (Mackenzie Davis), uma aperfeiçoada super-soldado do futuro, e Sarah Connor (Linda Hamilton), que soma muitos anos de batalha. À medida que Rev-9 destrói cruelmente tudo e todos que se cruzam no seu caminho, Dani, Grace e Sarah acabam por encontrar um T-800 (Arnold Schwarzenegger) do passado de Sarah, que pode ser a sua última esperança.

Opinião por Artur Neves

A série Exterminador Implacável publicada até agora é constituída por 5 filmes, pelo que o atual em análise deveria ser o sexto, mas esqueça isso porque as produtoras de cinema têm a sua própria contagem e eliminaram da serie os filmes 3, 4 e 5 e retomaram a ação no final do segundo filme da serie que continua agora com este; “Exterminador Implacável: Destino Sombrio”, cuja sinopse anterior resume a história que se verá no filme.
Segundo as “más línguas” do meio, o que se passou foi que os dois primeiros filmes de 1984 e 1991, escritos e realizados por James Cameron tiveram um êxito de bilheteira consideravelmente superior aos filmes subsequentes dos outros realizadores responsáveis pelas sequelas 3, 4 e 5 e a produtora quando estabeleceu contrato para reativar a série novamente com James Cameron, este apresentou como condição recomeçar a partir do ultimo filme de sua autoria, o que me parece no mínimo, legítimo.
A diferença porém fica-se por aqui, pois ele foi “desenterrar” Sarah Connor (Linda Hamilton), e um T-800 (Arnold Schwarzenegger) que estavam na reforma, para uma história que se resume a uma perseguição das novas máquinas Rev-9 (Gabriel Luna), oriundas da organização Legion (em substituição da defunta Skynet) ao novo símbolo da resistência dos humanos contra as máquinas; Dani Ramos (Natalia Reyes) por montes, vales, ar e mar até a exterminar para deixar intacto o poder das máquinas.
A perseguição é realmente implacável e complexa, entrando aqui o poder dos efeitos especiais do cinema com cenas de tirar a respiração. Rev-9 é na realidade uma máquina indestrutível que se auto recupera depois de destruída, ou pelo menos, depois de muito mal tratada, na forma de um líquido negro que reconstitui todos os órgãos desfeito em cada combate. Além disso ele tem a capacidade de se desdobrar, nele próprio e num exosqueleto metálico negro que sai dele quando o corpo principal fraqueja. É um inimigo do tipo, que de nada serve lutar com ele, sendo melhor simplesmente fugir dele.
A mensagem subliminar é muito curiosa considerando que o salvador da humanidade é uma mulher mexicana, que entra ilegalmente nos USA através da fronteira México – Texas ajudada por três americanos. Isto representa uma clara mensagem de esperança para o estado atual das coisas neste país e numa época pós-Trump que não se sabe se será brevemente possível. Histórias destas nunca aparecem por acaso e uma situação assim, produzida por uma Major dos USA, pela mão de um realizador tão considerado só pode ter uma segunda leitura.
Quanto ao resto é o que já tenho dito em produções deste género. Um filme com tanta “impossibilidade” de ocorrência na vida real como este, só pode ser destinado a impressionar pelos seus meios técnicos. Como tal, se for visto em IMAX 3D, mais imersiva será essa experiência e maior será o grau de diversão obtido. Assim sendo o melhor é esquecer-se de outras preferências e fruir o que a “tela gigante” lhe pode oferecer. Por mim fico rendido.

Classificação: 6 numa escala de 10

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