14 de agosto de 2018

Opinião – “Uma Aventura do Outro Mundo” de Christoph e Wolfgang Lauenstein


Sinopse

Luís tem doze anos e está muitas vezes sozinho. Ele não tem muitos amigos e o seu pai, que é ovnilogista, não tem tempo para ele e vive obcecado em provar a existência de vida inteligente no espaço. O diretor da escola pensa que Luís está a ser negligenciado e que devia ser levado para um internato. É nesse momento que três aliens patetas se despenham à porta dele: Nag, Wabo e Mog. Eles vieram à procura de um colchão de massagens que viram num canal televendas do planeta Terra: o Nabbi Dabbi. Luís fica radiante, torna-se logo amigo deles e esconde-os do pai que está convencido de que os aliens são seres perigosos e devem ser congelados assim que forem avistados. Quando a diretora do internato aparece e tenta levar Luís, ele e os seus amigos alienígenas têm de engendrar um plano para entrarem em contacto com a nave principal de modo a serem resgatados. O Luís até se convence a deixar o seu planeta para explorar a galáxia com os seus amigos novos e fixes.

Opinião por Artur Neves

De estúdios europeus financiados por fundos de cinema de animação do Luxemburgo, Dinamarca e Alemanha, surge esta “Aventura do Outro Mundo” (Louis & the Aliens no original) destinada a encantar miúdos e graúdos, com uma história de invasão da terra por engano, por seres vindos de outros planeta mas com tiques e comportamentos muito parecidos aos da Terra, de tal forma que Louis, o herói da nossa história, rapidamente os identifica como amigos e compagnons de route, numa aventura de acordo com a confusão que a chegada de tais personagens provocou.
A história está concebida, sem super-heróis nem passes de mágica que ultrapassem a bonomia de três patetas galácticos, tão comprometidos com os seus erros e insuficiências que apenas pretendem passar despercebidos, sendo precisamente essa tentativa que os torna notados e causadores de peripécias de difícil resolução. Todavia, o sortilégio da banda desenhada é conseguir resolver o impossível, com humor saudável, divertimento e boa disposição que contagia todos os assistentes.
Num período de férias escolares, com temperaturas escaldantes e miúdos desocupados demasiado vidrados em gadgets eletrónicos, nada melhor do que uma aventura bem esgalhada para os transportar para “outra galáxia”, pelo menos durante os 86 minutos de duração dum filme engraçado, destinado a ser apreciado em família. Recomendo.

Classificação: 6 numa escala de 10

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