1 de julho de 2017

Opinião – “Homem Aranha: Regresso a Casa” de Jon Watts


Sinopse

Um jovem, Peter Parker (Ton Holland), que vimos já na sensacional participação em Capitão América: Guerra Civil, começa a conhecer melhor a sua recém-descoberta identidade como super-herói que dispara teias no filme Homem Aranha: Regresso a Casa. Entusiasmado com a sua experiencia com os Vingadores, Peter regressa a casa, onde vive com a tia May (Marisa Tomey), sempre debaixo do olhar vigilante do seu novo mentor, Tony Stark (Robert Downey, Jr.). Peter procura reintegrar-se na rotina diária, sempre focado no desejo de provar que não é a penas o super-herói simpático que vive nas redondezas, e assim sendo, Vulture (Michael Keaton) surge como o novo vilão, e tudo o que é mais importante para Peter fica ameaçado…

Opinião por Artur Neves

A saga do Homem Aranha começa na Marvel Comic Books em 1962 e tem a sua primeira aparição em cinema em 1977 tendo continuado com sucessivas sequelas justificadas com o sucesso de bilheteira que este trabalho tem apresentado em todas as suas versões. A história é simples, trata-se de um super-herói que combate o mal em defesa do bem, utilizando como arma a sua extraordinária agilidade, coadjuvada pela emissão em forma de jato de um produto (a teia da aranha) que manieta os adversários que tentam opor-se à sua cruzada, corporizando a ideia do herói que não mata, prende e reformula a maldade do seu antagonista.
Tem sido assim desde 1977, e pelos seis filmes que se seguiram, utilizando-se o conhecimento adquirido no filme anterior para continuar a aventura com novos vilões mas mantendo a candura naif do super-herói, que atua incógnito, sob disfarce e aparece sempre nos momentos mais críticos em que a vítima mais precisa dele ou que o vilão se prepara para nova malfeitoria sempre mais destruidora do que a anterior. É o guião clássico.
Desta feita porém a Marvel Studios foi mais longe e alterou um pouco os dados da equação, produzindo um Homem Aranha novo, ainda a frequentar o ensino secundário, à procura da sua identidade como super-herói, tendo de provar a sua competência e merecimento de usar o fato que já lhe conhecíamos, perante todos os outros super-heróis criados pela Marvel, sob a supervisão remota, mas não menos presente do Iron Man (Tony Stark) que intervém nas situações mais críticas em que o putativo aspirante a “Aranhiço” se envolve.
Os meios são fabulosos, o filme é rodado em IMAX 3D com toda a magnificência do formato e considerando que a história visa somente dar alguma justificação à ação, podemos deleitar-nos e apreciar as imagens computorizadas, fluidas, espetaculares, que vêm na nossa direção e se desviam no último momento. É o que pode chamar-se de um visionamento imersivo, de uma história renovada, com um novo vilão para um renovado super-herói, que inclui outros super-heróis igualmente conhecidos e nos transporta para o mundo mágico da justiça e da ordem exibindo uma modernidade que reconhecemos na atualidade real e enaltecendo os valores da família como o pilar da sociedade, incluindo mesmo a família do vilão.
É um filme divertido, para todas as idades, bem disposto, bem construído e tecnologicamente evoluído.

Classificação: 6 numa escala de 10

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