26 de janeiro de 2016

Opinião – “13 Horas – Os soldados Secretos de Benghazi” de Michael Bay


Sinopse

“13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi”,realizado por Michael Bay, conta a emocionante história de seis ex-militares destacados para proteger a CIA que lutou, contra todas as adversidades, quando um grupo de terroristas atacou um complexo diplomático dos Estados Unidos, no dia 11 de Setembro de 2012. Quando tudo correu mal, seis homens tiveram a coragem de fazer o que estava certo. Baseado no livro não ficcional “13 H0ras” de Mitchell Zuckoff e de membros da Annex Security.

Opinião por Artur Neves
Líbia, depois da morte de Kadafi em plena primavera árabe. Benghazi segunda cidade da Líbia onde se cruzam diversos interesses com as mais variadas origens e objectivos, principalmente e sempre, negócios entre intervenientes improváveis num ambiente descontrolado, onde todos desconfiam de todos, decorrente da amálgama humana que pulula o dia-a-dia daquela cidade semidestruída.
O mais importante é o conhecimento factual e pessoal do meio, o conhecimento intrínseco da situação e de quem está ao nosso lado, considerando que o convencionalismo da definição de; “lado” é dúbio e fluido.
Vale mais uma hipótese baseada na observação do ambiente, fundamentada no presente, no tempo real, do que nas informações postas deliberadamente a circular pelos meios oficiais, ou ditos oficiais, com o objectivo de confundir, esconder, mascarar os verdadeiros objectivos das decisões tomadas que ninguém pode comprovar.
Este ambiente de caos e de suspeição constante é admiravelmente criado por Michael Bay durante toda a acção passada nas instalações da CIA em Benghazi, designadas por Anexo, e de um grupo de seis operadores de segurança que abnegadamente dá o melhor de si com risco da própria vida para defesa dos americanos destacados neste complexo e na embaixada, prematuramente estabelecida, com objectivos meramente mercantilistas para aproveitamento da desorganização instalada neste país.
A grande batalha decorre durante 13 longas horas do dia 11 de Setembro de 2012 e a manhã do dia seguinte, por onde perpassam temores, dúvidas, arrogâncias de todos os sitiados sem que com isso diminua a fuzilaria de ambos os lados contra o inimigo, contra o presumido amigo que deixou de o ser, sem nunca se saber porquê. A guerra acontece nas ruas, nos terraços das casas de Benghazi, ao som de muitas balas, ao calor de edifícios em chamas e chuva de morteiros que semeiam morte e destruição sem fim.
Este filme é a reconstituição dessa batalha, dos seus valorosos intervenientes e das vítimas que provocou, baseado no livro de não-ficção escrito por Mitchell Zuckoff. Está bem feito, as cenas e os diálogos são convincentes e merece ser visto, embora não recomendável para todos os públicos.
Classificação: 8 numa escala de 10

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