25 de novembro de 2015

Opinião - Maze Runner: Provas de Fogo


Titulo: Maze Runner:Provas de Fogo
Autor: James Dashner

Sinopse:
O labirinto foi só o começo, o pior está por vir. Depois de superarem os perigos mortais do primeiro filme, Thomas e seus amigos acreditam que estão a salvo em uma nova realidade, mas essa percepção é interrompida quando são acordados no meio da noite por gritos lancinantes de criaturas disformes, os Cranks, que ameaçam devorá-los vivos. Em busca de pistas sobre a poderosa e misteriosa organização conhecida como C.R.U.E.L, a viagem irá leva-los para Scorch, um terreno deserto e desolado onde irão se juntar a combatentes da resistência e enfrentar as forças superiores em obstáculos inimagináveis.
Para sobreviverem nesse mundo hostil, eles terão que fazer uma travessia repleta de provas cruéis em um meio ambiente devastado, sem água, comida ou abrigo. A superfície da Terra foi queimada pelo sol, então o calor é causticante durante o dia. Há ainda rajadas de vento gélido à noite e um ar irrespirável, pois no deserto do novo mundo, até mesmo a chuva é a promessa de uma morte agonizante.
Manipulação, mentiras e traições cercam o caminho dos clareanos, mas para Thomas a pior prova será ter que escolher em quem acreditar.

Opinião por Daniela Sofia Silva:
Diferentemente do anterior filme, Provas de Fogo é um filme mais direccionado para o universo pós-apocalíptico e para o desenvolver da personagem principal Thomas ( Dylan O´Brien) .Este é uma sequência directa do filme “Maze Runner: Correr ou matar”, sendo que é obrigatória ver o primeiro filme para existir a compreensão do segundo.
Tal como o primeiro filme, este também gira à volta do grupo de jovens que tenta perceber o universo onde está inserido sendo que todas as suas memórias foram apagadas. Este grupo de personagens, já conhecido pelo público, deveria experienciar uma maturação o que não é o que ocorre. Enquanto no primeiro filme existe um foco no grupo o segundo foca em especial um dos protagonistas deixando as outras personagens para segundo plano. Além disso outras personagens são postas em cena e outras ainda ganham apelo em algumas das cenas. Apesar da escolha de trazer novas personagens para o enredo, algumas destas perdem o foco durante o desenrolar do filme só trazendo relevo em poucas cenas e sendo até esquecidas no desenrolar final.
Thomas é então a personagem principal que controla a acção liderando o grupo e revelando alguns clichés de protagonismo. Um herói que se transforma um pouco superficial e irrealista pois tem sempre as decisões certas e não apresenta revelações ao longo do filme. Felizmente o actor transforma o personagem positivamente. Os outros actores jovens são igualmente talentosos. Um dos acertos da franquia foi apostar em nomes pouco conhecidos, mas com grande potencial, como Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster.
Neste filme existe a diferença no género para o último, pois agora a acção impera tanto como o novo género imposto: o thriler. Cenas que transformaram o filme num filme para maiores de 14 anos, e que deixam qualquer visualizador  tenso e envolto no próprio momento.
Esta produção conta com um orçamento maior visando seduzir o público adulto que compraria ingressos para assistir a Bruce Willis ou Liam Neeson nos cinemas. O resultado é tecnicamente impressionante, mas, não existe a profundidade em nenhum género distinto só flashes de géneros distintos.
Este universo é expandido consideravelmente sendo que agora o grupo de protagonistas tem à sua disposição mais lugares para explorar até mesmo mais informação para tentar completar o quebra-cabeças.
Umas das coisas que podemos observar é o carácter de videogame do filme, sendo que as cenas são passadas a correr e com o objectivo de desmascarar algum segredo maior e derrotar os “bosses”.
Todo o filme apresenta clichés e uma cultura popularizada de hoje em dia, seguindo o fluxo de Jogos da Fome e Divergente, o que torna o filme um pouco familiarizado com enredos já conhecidos. Outro dos clichés apresentados foi a utilização de monstros ou zumbis para criar a tensão nos personagens.
 Existe também o sentimento um pouco bíblico no conceito de a procura pela Terra prometida, também como existe um complexo de édipo em toda a saga sendo que os personagens vão de serem levados a cometerem certas atitudes para se despegarem dessa entidade educadora que neste caso seria a CRUEL.
 A utilização de cores nas filmagens é bastante interessante sendo que nas cenas que se passam no universo da CRUEL a cor utilizada é o azul criando inconscientemente o pensamento de um ambiente frio. Também nos ambientes que o grupo enfrenta um momento de esperança existe a colocação das cores amarela ou vermelha, cores mais quentes.

O geral do filme é de facto promissor sendo que existe uma promessa no fim do filme para um terceiro. Existe a coesa organização e uma boa imersão por parte da produção.
Pontuação: 3,5 entre 5. 

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