
Autor: Cristopher Paolini
Editora: Asa
Sinopse:
Há pouco tempo atrás, Eragon - Aniquilador de Espectros, Cavaleiro de Dragão - não era mais que um pobre rapaz fazendeiro, e o seu dragão, Safira, era apenas uma pedra azul na floresta. Agora o destino de toda uma sociedade pesa sobre os seus ombros.
Longos meses de treinos e batalhas trouxeram esperança e vitórias, bem como perdas de partir o coração. Ainda assim, a derradeira batalha aguarda-os, onde terão de confrontar Galbatorix. E, quando o fizerem, têm de ser suficientemente fortes para o derrotar. São os únicos que o podem conseguir. Não existem segundas tentativas.
O Cavaleiro e o seu Dragão chegaram até onde ninguém acreditava ser possível. Mas serão capazes de vencer o rei tirano e restaurar a justiça em Alagaësia? Se sim, a que custo?
Este é o final da Saga da Herança, muito aguardado em todo o mundo por uma legião de fãs ansiosos.
Opinião por Ana Rita Domingos:
Depois de alguns anos a acompanhar esta saga espectacular, terminei finalmente o quarto e último livro do “Ciclo da Herança”, um surpreendente mundo criado por Paolini. "Eragon", o primeiro livro da saga, foi dos primeiros livros de literatura fantástica que conheci, depois de ganhar a paixão pela leitura. O que encontrei nestes quatro livros que compõem o Ciclo não é fácil de expor por palavras; acho, mesmo, que só vivendo as aventuras apresentadas ao longo da saga é que o leitor pode adquirir a noção do empenho visível no trabalho do autor e compreender a essência e a profundidade da história.
De qualquer forma, tento transmitir por breves palavras alguns dos aspectos mais marcantes, a meu ver, na saga que é o "Ciclo da Herança" e, em particular, deste livro “Herança”:
- O mundo de magia e fantasia criado por Paolini é, sem dúvida, arrebatador e viciante pelas intrigas, viagens, batalhas e maturação das personagens ao longo da sua jornada;
- A força transmitida pelas personagens no cumprimento daquela que acreditam ser a sua missão e o seu destino é marcante por todas as intempéries que se vêm obrigados a enfrentar e a ultrapassar;
- O mundo habitado por povos que lutam há décadas entre si por divergências e diferentes conceitos de honra e justiça mas que, unidos pelo mesmo desejo de liberdade, se unem naquela que é a mais importante e devastadora batalha jamais travada;
- A acção decorrida nos quatro volumes de uma saga que tanto pode agradar a jovens como a adultos é privilegiada por acontecimentos marcantes e extremamente bem idealizados e expressos pelo autor, atentando para o facto de que o “Ciclo” começou a ser publicado quando Paolini tinha, somente, 15 anos;
- O companheirismo experienciado entre Cavaleiro e Dragão, numa ligação que os torna unos e irremediavelmente compelidos um para o outro, na satisfação das suas necessidades e na manutenção da garantia de bem-estar, segurança e liberdade.
Esta é uma saga épica que culmina num livro extraordinário, uma aventura que finda após tantas perdas e tantas desilusões, tantas batalhas ganhas e momentos de sofrimentos, sacrifícios e derramamento de sangue. Contudo, também repleta de fantásticas aprendizagens, alegrias e descobertas do "eu" e do propósito de uma vida ao serviço de um reino e de um povo.
Sobre a escrita de Paolini, posso dizer que a tradução do seu imaginário para palavras escritas é soberbo na mistura alcançada entre simplicidade e coesão linguística e complexidade do próprio enredo/ acontecimentos. É vísivel o crescimento do autor expresso pela acção narrada no livro e pelo próprio amadurecimento das personagens principais. Sem dúvida, uma contribuição valorosa para o género de acção/fantasia, apesar de algumas críticas menos positivas, como acontece a todo o autor que submete o seu trabalho à apreciação pública.
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