28 de novembro de 2010

Opinião - Harry Potter E Os Talismãs Da Morte

Título: Harry Potter E Os Talismãs Da Morte
Autor: J.K. Rowling
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
É neste sétimo volume que Harry Potter irá travar a mais negra e perigosa batalha da sua vida. Dumbledore reservou-lhe uma missão quase impossível - encontrar e destruir os Horcruxes de Voldemort... Nunca, em toda a sua longa série de aventuras, o jovem feiticeiro mais famoso do mundo se sentiu tão só e perante um futuro tão sombrio. Chegou o momento do confronto final - Harry Potter e Lord Voldemort... nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver... um dos dois está prestes a acabar para sempre... Os seus destinos estão misteriosamente entrelaçados, mas apenas um sobreviverá...
Numa atmosfera apoteótica e vibrante, Rowling desvenda-nos, por fim, os segredos mais bem guardados do universo fantástico de Harry Potter e deixa-nos envoltos, talvez para sempre, na sua poderosa magia. Este sétimo volume tem sido considerado pelo público e pela crítica como o melhor de toda a série de Harry Potter.

Opinião por Vitor Caixeiro:
Este é o último capítulo de uma saga única na história da magia. O feiticeiro mais famoso do mundo termina aqui o seu percurso. Nunca pensou a autora que a história de um rapazinho de onze anos atingisse tal sucesso. Desde "A Pedra Filosofal" que Harry Potter conquistou fãs de todas as idades por todo o globo. Não havia comparação possível ao fenómeno mais aliciante de todos os tempos.
Muitos livros foram escritos e o final era aguardado com elevadas expectativas. A pressão sobre J.K. Rowling era maior que nunca. Mas o que era um inocente estudante de Hogwarts passou a ser rival do pior feiticeiro das trevas que o mundo mágico conheceu. Por isso esperar um final feliz, sem batalhas nem perdas, é completa ilusão.
No seguimento da maior emoção presenciada em toda a saga, o melhor é mesmo por de parte os nossos sentimentos enquanto lemos este volume. Dada a complexidade da tarefa atribuída a Harry por parte de Dumbledore, a mesma não será realizada de ânimos leves. Harry, Hermione e Ron enfrentam uma ameaça tenebrosa. Para encontrarem os Horcruxes e os destruirem, terão de percorrer lugares sombrios outrora esquecidos. Deverão ter o máximo de cuidado para não serem descobertos pois todos os lugares estão vigiados. A escuridão apoderou-se da sociedade e confiar em alguém é um erro fatal. As suas vidas estão constantemente em jogo. Ainda assim, enquanto Harry sobreviver, nada será em vão.
Ao iniciar a leitura das primeiras páginas, rapidamente afastei a ideia de que este livro seria para descontrair a mente. Pelo contrário, a ansiedade tomou conta de mim durante durante toda a leitura. Senti todas as emoções como se as vivesse ali, naquele momento. Tudo me pareceu de uma realidade extrema. Envolvi-me de tal modo na vivência das personagens que não consegui parar de ler, por mais que o devesse fazer.
O que torna esta leitura ainda mais sôfrega que as anteriores são os muitos mistérios que aparecem sucessivamente. Uns são desvendados, outros criados, tendo todos eles importante relevância no desenrolar da história.
Acho admirável o trabalho da autora quer nas personagens, quer no conteúdo. Estabelece uma harmonia entre ambos com um excelente modo de escrita e uma imaginação infindável. Através disso, dá-nos a experiência de como é viver num universo mágico, mas não perfeito como a maior parte das pessoas pensa.
Como é evidente, só fiquei triste por ser o fim. Harry e os seus amigos acompanharam-nos durante muito tempo que, ainda assim, passou rapidamente. Tornaram-se personalidades especiais nas nossas vidas. Podem já não aparecer no papel nem voltar com novas aventuras para nos surpreender, mas decerto ninguém esquecerá quem eles foram e o que fizeram.
Os maiores heróis do fantástico viverão para sempre na minha memória.

Opinião - Eternidade

Título: Eternidade
Autor: Alyson Noel
Editora: Gailivro

Sinopse:
O primeiro livro da extraordinária nova série Os Imortais de Alyson Noël. Entrem num mundo encantador onde o verdadeiro amor nunca morre...
Depois de um terrível acidente que lhe matou a família, Ever Bloom, de dezasseis anos, consegue ver as auras das pessoas que a rodeiam, ouvir os seus pensamentos e conhecer a histór...ia da vida de qualquer pessoa através de um simples toque. Desviando-se, sempre que possível, no sentido de evitar qualquer contacto humano e de esconder esses dons, Ever é vista como uma anormal na escola secundária à qual regressa.
Mas tudo muda, quando conhece Damen Auguste. Damen é encantador, exótico e rico. E é a única pessoa que consegue silenciar o ruído e as manifestações de energia que invadem a cabeça de Ever. Ele transporta uma magia tão intensa que parece conseguir ler a alma de Ever.
À medida que Ever é arrastada para o sedutor mundo de Damen, onde abundam os segredos e os mistérios, começam a surgir-lhe mais perguntas do que respostas. Além de que não faz ideia de quem realmente é... ou daquilo que é. Apenas sabe que se está a apaixonar desesperadamente.
"Eternidade" - Um amor assim não tem fim.

Opinião por Pedro Tavares:
À primeira vista, este livro não tem qualquer potencial. É tão parecido com tantos outros sobre vampiros que é difícil acreditar que vá ser diferente.
Surpreendentemente, este livro não é sobre vampiros. É sobre pessoas imortais. É parecido.
Depois, este é dos primeiros livros dentro do género no qual admirei verdadeiramente a escrita da autora, para além da história.

Não precisando de adiantar muito mais para além do que a contracapa diz, este foi para mim um excelente livro para adolescentes e sobre adolescentes. A pergunta que fica no fim é: porquê desperdiçar alguém tão talentoso a explorar esse tema com uma história de Fantasia? Porquê permitir que uma autora que consegue tão bem transmitir os anseios adolescentes, as suas dúvidas, as suas aventuras, as suas vontades, e que para além disso sabe escrever muito bem, numa história sobre seres "quase-vampiros"?

É um livro completamente previsível do início ao fim. Mesmo não sendo Damen um vampiro verdadeiro, tem tudo o que um vampiro tem e não tem. Não tratá-lo por vampiro é uma intenção de afastar o livro da vaga sobre estes seres.
Durante a leitura, senti que já tinha lido tudo aquilo nalgum lado... "Rapariga que lê mentes das pessoas... Rapaz super giro que se sente atraído pela rapariga mais discreta... Uma inimiga misteriosa e que parece relacionada com o rapaz super giro... A amiga da protagonista é a típica adolescente que não se sente encaixada em nenhum lado, portanto vai-se deixar influenciar demasiado...", e tudo o que entretanto acontece. É como se a autora tivesse pegado em cada coisa de vários livros e misturado tudo, formando uma história própria. Influências todos temos e não é por aí que pretendo criticar, mas neste livro são demasiado evidentes.
Há no final uma teoria, respeitante ao amor, que não me agradou. Uma coisa é um livro como "Crepúsculo", pode ser lamechas mas trata-se do amor entre duas pessoas. O amor como arma, no entanto, não me deixa convencido, pelo menos da maneira como foi tratado neste livro. Depois de uma história que, apesar da sua previsibilidade, mostrou-se interessante de acompanhar, esperava mais desse final.

Pois é, apesar de tudo foi uma leitura interessante. Não custa acompanhar esta história, e muito menos se torna aborrecida. É apenas previsível e nada do que é dito já não foi lido. Compensa, de facto, com uma escrita maravilhosa.

Ainda que algumas personagens pareçam estereotipadas, para mim a autora mostra neste livro um talento único para não só criar personagens com as quais simpatizamos desde o início como abordá-las como adolescentes. Não foram os imortais que me fascinaram, mas sim as várias fases e questões da nossa adolescência, a vida de algumas personagens que, não obstante as suas capacidades psíquicas, não deixam de ser jovens. Talvez por isso tenha gostado tanto delas, talvez por isso tenha gostado da escrita de Noël e talvez por isso tenha ficado não ansioso por ler o segundo livro da série mas sobretudo ansioso por encontrar de novo estas personagens. Espero um dia vir a experimentar os livros da autora sem todos os elementos fantásticos (que acabam por criar expectativas nos leitores, que claro não lêem este livro para apreciar os comportamentos adolescentes mas sim para explorar ao máximo o mundo fantástico que oferece. Todo o livro acaba por deixar bastante de lado o fantástico para se debruçar sobre os adolescentes em si).
Uma escritora a ter em atenção.

Opinião - Uma viagem espiritual

Título: Uma viagem espiritual
Autor: Nicholas Sparks, Billy Mills
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
David nunca esqueceria aquele Verão. Era então um rapazinho, que acabara de perder a sua irmã adorada e, na verdade também, a sua melhor amiga. depois da morte da mãe, anos antes, ela era a fonte da sua alegria de viver. E agora que a perdera, o jovem índio mergulhara num desespero sombrio e o seu pai começara a inquetar-se, pois conhecia o terrível poder destrutivo desse sentimento. Tinham sido anos muito duros, aqueles... Felizmente, àquela família índia, discriminada pelos novos americanos, restava ainda o poderoso legado das suas tradições ancestrais. O pai viu o pesar que consumia o filho e compreendeu. Entregou-lhe o rolo de pele pintado à mão, puído pelo decorrer do tempo. Daquelas imagens e símbolos emanava uma força misteriosa. Foi esse o ponto de partida para uma estranha viagem, que mudou para sempre a vida de David.
Esta história, inspirada na cultura dos índios Lakota é produto de uma co-autoria particularmente feliz. Mundialmente conhecido a partir das Olimpíadas de 1964, Billy Mills foi, ele próprio, tema inspirador de um filme que ficou célebre: Running Brave.

Opinião por Carla Rodrigues:
A obra Uma Viagem Espiritual conta-nos a história de um jovem índio que perde a sua mãe quando era criança e anos depois a sua irmã predilecta. No seguimento destes acontecimentos o jovem fica com uma depressão profunda, deixando de fazer as coisas, ficando sem ânimo para continuar a viver. O seu pai, por sua vez, tenta ajudar o filho a sair da depressão argumentando que a sua irmã mesmo não estando presente fisicamente estaria a vê-lo e que o facto de o jovem estar tão desanimado também a fazia ficar triste. Com a esperança de ajudar o filho, entrega-lhe um rolo de pele pintado explicando-lhe que ele tem de descobrir o significado das imagens do rolo, mas que para isso é necessário que o jovem embarque numa jornada.
No dia seguinte o jovem saiu de casa com o pergaminho, ao longo da viagem este jovem depara-se com importantes lições de vida.
Os autores pretendem com esta obra, aconselhar o leitor a dar importância a pequenos momentos da vida, a valorizar não apenas os bens materiais, mas sim cultivar o lado espiritual, é também uma preciosa ajuda para todos aqueles que estão a experienciar o sentimento de perda, sendo que esta perda poderá ser no sentido da morte, mas também poderá ser interpretada como uma ruptura entre duas pessoas.
É um excelente livro para quem necessita de reflectir acerca da sua vida, bem como um óptimo guia que poderá conduzir o leitor a descobrir o seu caminho para a felicidade.

Opinião - Um Mundo Sem Fim Vol. I

Título: Um Mundo Diferente Vol. I
Autor: Ken Follett
Editora: Editorial Presença

Sinopse:
À semelhança de Os Pilares da Terra Ken Follett volta ao registo do romance histórico, numa obra dividida em duas partes graças às quase mil páginas que a compõem. A Presença publica agora o primeiro volume de Um Mundo Sem Fim, que se prevê repetir o sucesso de Os Pilares da Terra. O autor sentiu-se bastante motivado a escrever este novo livro já que desde Os Pilares da Terra, publicado em 1989, os leitores de todo o mundo clamavam insistentemente por uma sequela. Finalmente Follett inspirado e com coragem e determinação, sem esquecer uma enorme dedicação, lançou-se na escrita de Um Mundo Sem Fim que apesar de não ser considerado uma sequela recorre a elementos comuns do primeiro livro dando vida a descendentes de algumas personagens. Recuperando a mesma cidade Kingsbridge, o cenário é ambientado dois séculos mais tarde onde nos transporta até 1327. Aí iremos ao encontro de quatro crianças que presenciam a morte de dois homens por um cavaleiro. Três delas fogem com medo, ao passo que uma se mantém no local e ajuda o cavaleiro ferido a recompor-se e a esconder uma carta que contém informação secreta que não pode ser revelada enquanto ele for vivo. Estas crianças quando chegam à idade adulta viverão sempre na sombra daquelas mortes inexplicáveis que presenciaram naquele dia fatídico. Uma obra de fôlego com a marca assinalável e absolutamente incontornável de Ken Follett.

Opinião por Cristeina Delgado:
Mais um livro de Ken Follett! Quem já leu "Os pilares da Terra" perceberá melhor a minha opinião, que se traduz numa palavra: espectacular!
Voltei de novo para Kingsbridge (Inglaterra), na Idade Média. Ainda só li o 1º volume porque pedi o 2º às BLX e estou em lista de espera... mas as 584 páginas valem o tempo que dediquei a esta leitura apaixonante.
Este autor tem o poder de nos prender à leitura logo nas primeiras páginas, de nos transportar, tal máquina do tempo, para uma época medieval, para uma pequena povoação inglesa. Época onde a justiça está ligada ao poder da nobreza e do clero.
Jogos de poder, amores e ódios, medicina ligada a superstições, tradições e costumes que nos são alheios. mortes sem punição nem julgamento, julgamentos onde o enforcamento e o amputação de membros são o castigo mais comum - eu sei lá! - tudo se encontra neste livro.
Magistralmente escrito, este livro envolve-nos de tal forma que dificilmente conseguimos "voltar" para os nossos dias. As personagens estão bem construídas, interiorizamo-las de tal forma que é a nós que nos acontecem as situações: amamos, sofremos, ansiamos por justiça tal como elas o fazem.
Fiquei mais uma vez rendida a este autor. Mal posso esperar para ler o 2º volume! Pena é que a capa seja, no meu entender, muito fraquinha e nada tenha a ver com a história em si...
Recomendo vivamente.

Opinião - Eu, Maria Pia

Título: Eu, Maria Pia
Autor: de Cadaval
Editora: A Esfera dos Livros

Sinopse:
"Chegou a minha vez de morrer. Como último desejo peço que me virem na direcção de Portugal, o país que me encheu de alegria o coração de menina e me tirou tudo o que de mais sagrado tinha quando mulher. Olhando para trás, reconheço que a minha vida foi marcada pela tragédia. Vi partir uma mãe cedo de mais, morria de doença e de desgosto por um marido que a traía publicamente. Não me consegui despedir do meu pai, enterrei um marido que, com palavras doces e promessas vãs conquistou o meu ingénuo coração e no final me humilhou com as suas traições, um filho em quem depositava todas as esperanças, um neto adorado, e, por fim, a minha querida Clotilde, irmã de sangue e confidente. Claro que também tive momentos de felicidade. Quando sonhava acordada com Clotilde, deitadas nos jardins do Palácio de Stupigini, com príncipes e casamentos perfeitos, quando cheguei a Lisboa e o povo gritava o meu nome, quando viajava por essa Europa fora de braço dado com Luís, quando brincava no paço com os meus filhos ou quando estendia as mãos para ajudar os mais necessitados, abrindo creches e asilos. Mas mesmo nestas alturas havia quem me apontasse o dedo. Maria Pia a gastadora, a esbanjadora do erário público. A que dava festas majestáticas no paço, a que ia a Paris comprar os tecidos mais caros e as jóias mais exuberantes. Não percebiam eles que assim preenchia o vazio que, aos poucos, se ia instalando no meu coração."

Diana de Cadaval traz-nos um retrato impressionante de D. Maria Pia, rainha de Portugal. Num romance escrito na primeira pessoa, ficamos a conhecer a trágica vida de uma princesa italiana feita rainha com apenas catorze anos.
Recebida em clima de grande euforia, Maria Pia foi, 48 anos depois, expulsa de um país a quem dedicou toda a sua vida. Morria pouco tempo depois, demente, longe dos seus tempos de fausto e opulência, mas com a secreta esperança de que a morte lhe trouxesse a tranquilidade há tanto desejada.

Opinião por Mariana Malhão:
Devo confessar que li este livro num ápice.
A escrita da autora é extremamente envolvente e faz-nos ficar expectantes relativamente à história desta rainha, cuja existência eu só conhecia pelo seu nome.
A História nunca foi uma das minhas áreas favoritas, aliás, nunca me despertou grande interesse a sua disciplina, quando andava no Ensino Básico, há uns anos.
Mas este livro despertou-me uma curiosidade imensa, sem que eu consiga explicar o porquê.
Talvez tenha sido a sinopse que tenha ajudado bastante a que essa curiosidade crescesse, mas estou certa de que não foi apenas por esta.
A forma como Diana de Cadaval encarna a rainha D. Maria Pia é simplesmente fabulosa. A sensação que temos é como se estivéssemos a ler o diário de emoções da própria rainha, desde que perdeu a sua mãe, quando ainda era criança, ao seu último suspiro, virada em direcção de Portugal, o país que não a deixou ser enterrada ao lado do seu rei, D. Luís.
Fico fortemente impressionada com este relato, habilmente construído com fundamentação em factos históricos, que Diana de Cadaval nos referencia no final desta história.
Foi a primeira vez que li, com imenso gosto e prazer, um livro deste género literário que nunca me havia despertado interesse.
Depois desta tão agradável experiência vou ficar atenta a outros livros do género, esperando que sejam tão bons como este, com que Diana de Cadaval nos presenteia.

Opinião - A Marca de Kushiel

Título: A Marca de Kushiel
Autor:
Jacqueline Carey
Editora: Saída de Emergência

Sinopse:

Para trás ficaram Terre d'Ange e as intrigas palacianas, a Corte das Flores da Noite, os amados Delaunay e Alcuin, os amigos, patronos e tudo o que para Phèdre evoca a palavra "casa"... Para trás ficaram também a herdade e a familiaridade da sua ternura tosca, a gentileza das suas mulheres e a beleza das suas cantigas... Diante de Phèdre abre-se agora a incógnita de um destino de cativeiro às mãos de Waldemar Selig, no ambiente hostil da sua herdade e das suas gentes... O da ameaça que paira sobre Terre d'Ange, dos planos de um poderoso comandante e dos traidores d'Angelines. Pela pena de Phèdre, afrontamos o Mais Amargo Inverno através da vastidão skáldica. O retorno a Terre d'Ange e a oportunidade de salvar tudo o que lhe é mais querido. Traição, guerra, desafio, imolação, amor e redenção. Logrará Phèdre fazer jus à Marca de Kushiel e concretizar esse sonho tão ansiado?.

Opinião por Mariana Malhão:

Se o livro anterior me fascinou, este deixou-me completamente maravilhada e rendida.
Ainda tinha bem presente na memória os acontecimentos em “O Dardo de Kushiel”, pelo que, recomeçar a ler esta narrativa, foi como encontrar um oásis num deserto.
Estava sedenta de saber o que aconteceria a Phèdre e a Joscelin e, tal como a editora nos diz, os nossos olhos, definitivamente, desejam “saltar a cada capítulo”, ansiosos de se poderem deliciar com esta história tão enfeitiçante e esta escrita tão única que é a de Jacqueline Carey.
E se a capa do livro anterior tinha sido o meu ponto negativo, neste já o deixou de ser, pois o visual actual da série faz realmente jus à qualidade da história que ele envolve (ainda por cima, traz uma capa extra para o volume anterior também ficar com o novo visual!).
Quando cheguei à última palavra deste livro, a primeira sensação foi: eu quero mais! O que aconteceu a Melisande? Será que Phèdre vai conseguir deslindar o mistério que ela lhe lançou?
Parece que, mais uma vez, vou ter de aguardar ansiosamente pela continuação desta espectacular série que, para mim, já tem um lugar cativo no meu top 2010.
Altamente recomendável a quem aprecia um livro daqueles que nos prende até ao fim de uma maneira compulsiva, e que nos faz querer e chorar por mais!

Opinião - O Dardo de Kushiel

Título: O Dardo de Kushiel
Autor: Jacqueline Carey
Editora: Saída de Emergência

Sinopse:
TERRE D'ANGE é um lugar de beleza sem igual. Diz-se que os anjos deram com a terra e a acharam boa... e que a raça resultante do amor entre anjos e humanos se rege por uma simples regra: ama à tua vontade. Phèdre é uma jovem nascida com uma marca escarlate no olho esquerdo. Vendida para a servidão em criança, é comprada por Delaunay, um fidalgo com uma missão muito especial... Foi, também ele, o primeiro a reconhece-la como a eleita de Kushiel, para toda a vida experimentar a dor e o prazer como uma coisa só. Phèdre é adestrada nas artes palacianas e de alcova, mas, acima de tudo, na habilidade de observar, recordar e analisar. Espia talentosa e cortesã irresistível, Phèdre tropeça numa trama que ameaça os próprios alicerces da sua pátria. A traição põe-na no caminho; o amor e a honra instigam-na a ir mais longe. Mas a crueldade do destino vai levá-la ao limite do desespero... e para além dele. Amiga odiosa, inimiga amorosa, assassina bem-amada; todas elas podem usar a mesma máscara reluzente neste mundo, e Phèdre apenas terá uma oportunidade de salvar tudo o que lhe é mais querido..

Opinião por Mariana Malhão:
Que posso eu dizer de uma leitura tão única e arrebatadora?
Devo concluir, sem qualquer dúvida, que esta foi a leitura que mais me surpreendeu este ano.
Desconhecia totalmente esta autora, e sempre achei que a capa, de todo, não cativava a minha atenção (a capa actual faz mais jus à obra em questão).
Com uma escrita arrojada e extremamente viciante, Jacqueline Carey leva-nos a um mundo de fantasia poderoso e totalmente apaixonante.
Desengane-se quem ache que é uma leitura fácil, porque não o é. Mas isso é o que torna esta obra muito mais rica...
Esta história exige do leitor uma atenção redobrada, como forma de conseguir desfrutar da qualidade que a envolve e dos acontecimentos que a constituem como intensa.
Logo nas primeiras páginas somos presenteados com um precioso mapa de personagens, que se torna essencial, quer no início, quer ao longo da leitura, pois, por vezes, é difícil acompanhar tantos nomes ilustres e respectivas hierarquias.
Adorei a personagem Phèdre, que nos conta a sua história na primeira pessoa, através de uma descrição minuciosa e uma linguagem "assaz" bonita!
Para além da personalidade forte de Phèdre (tão bem conseguida), também todos os outros personagens foram engenhosamente conseguidos, fazendo-me condecorar esta obra como qualquer coisa de sublime.
Adorei… É impossível não desejar ter a continuação desta obra, que a Saída de Emergência já publicou.
Recomendo aos amantes do fantástico e àqueles que desejam desfrutar de uma obra tão ilustre.

Opinião - O Silêncio dos Teus Olhos

Título: O Silêncio dos Teus Olhos
Autor: Hugo Girão
Editora: Fronteira do Caos

Sinopse:
O Silêncio dos Teus Olhos é uma homenagem às mulheres e um hino à vida. Um livro intimista e de grande intensidade, em que o autor explora com elegância e mestria, sentimentos e sensações que nos encantam, comovem e fazem pensar.

Opinião por Mariana Malhão:

O Silêncio dos Teus Olhos foi um livro que já li há uns dias, mas confesso que é difícil escrever algo que consiga transcrever a beleza desta obra. Hugo Girão tem, para mim, um dom muito grande. Acho que quem lê este seu livro, facilmente se apercebe deste facto.
Os sentimentos são expressos pela escrita de uma forma que parece que somos realmente a personagem e experimentamos os seus medos e angústias.
Fala-nos não só da fortaleza de um amor, mas também de obstáculos que podem muitas vezes destrui-lo ou fortalecê-lo ainda mais.
Estou rendida a esta escrita…
É uma história curta mas tão intensa, tão encantadora, tão viciante…
Foi uma agradável surpresa descobrir este autor português e saber que, por cá, se fazem Obras-Primas destas!
É um autor que vou querer seguir com toda certeza… E digo, desde já, que estou ansiosa por uma próxima publicação…
Já tinha saudades de ler uma Obra-Prima e de ficar com esta sensação de querer mais…
Acho que para compreenderem esta sensação, só mesmo experimentando esta relíquia… E garanto que não se vão arrepender…
Deixo um excerto, de entre muitos que tornam este livro inesquecível:

“O meu coração fica apertado quando ouve o teu silêncio, fica…
Tenho saudades do teu corpo encostado ao meu…
Tenho saudades da tua respiração descompassada…
Tenho saudades das tuas mãos nas minhas costas… Sinto falta daquelas gargalhadas espalhafatosas quando digo alguma estupidez…
O teu corpo, meu templo… A tua voz, minha guia… Só quero que voltes…” (Hugo Girão, 2009, pp. 59-60)

Passatempo "O Último Sapo que beijei"

A D'Magia em parceria com a Pergaminho para oferecer 1 exemplar de "O Último Sapo que beijei" de Rosetta Forner

Sinopse:
Nem todas as relações são amorosas. Algumas são mesmo danosas. Nem tudo o que acontece entre um homem e uma mulher é amor verdadeiro – às vezes é apenas co-dependência. E isto acontece, pelo menos em parte, porque nem todas as mulheres sabem que a busca do Príncipe Encantado é o primeiro passo para uma vida de desencanto. Muitas vivem com a dignidade ferida e, por isso, já não sabem amar – o que as leva a procurarem homens que, na melhor das hipóteses, são autênticos sapos e, na pior das hipóteses, príncipes desencantadores.
Não vá em contos de fadas; aprenda a descobrir a magia no quotidiano e em si mesma – e a encontrar a capacidade de transformar a sua vida para melhor.

Sobre a autora:
Rosetta Forner é consultora e terapeuta de Programação Neurolinguística. Ocupou cargos de direcção em agências multinacionais de publicidade e trabalhou como consultora para empresas do sector da comunicação, antes de se dedicar por inteiro ao coaching pessoal e empresarial. É licenciada em Ciências da Informação e tem pós-graduações nas áreas da Sociologia e da Psicologia da Comunicação. Os seus livros são best-sellers em Espanha, por toda a Europa, EUA e América Latina.

Para se habilitar a ser o vencedor basta nos enviar uma crítica a um livro lido por si, a melhor critica será a vencedora.

As participações deverão ser enviadas para literatura@dmagia.net seus dados pessoais, até ao dia 5 de Dezembro.


Regras do passatempo:
1) Ser seguidor do blog.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Não existe limite de participações por participante.
4) O participante autoriza a publicação da crítica enviada por si.
5) Os portes de envio são por conta dos vencedores (com a possibilidade de entrega em mãos nas zonas de Lisboa e Sintra).

Passatempo "Vicio Intrínseco"

A D'Magia em parceria com a Bertrand tem para oferecer 2 exemplar de "Vicio Intrínseco" de Thomas Pynchon.

Sinopse:
Em parte noir, em parte farsa psicadélica, protagonizado por Doc Sportello, detective privado, que de vez em quando se ergue de uma névoa de marijuana para assistir ao fim de uma era.
Há já algum tempo que Doc Sportello não vê a ex-namorada. Mas um dia ela aparece com uma história acerca de um plano para raptar o milionário por quem por acaso se apaixonou. Esta ponta solta dos anos sessenta em Los Angeles é o mote para o livro, mas Doc sabe que o «amor» não passa de mais uma palavra que anda na moda, como trip ou «curte». Mais um livro inesquecível de um dos escritores mais influentes da actualidade.

Para se habilitar a ser um dos vencedores basta responder às questões colocadas sobre o livro.

1 - Porque quem é protagonizado este livro?
2 - Qual o planoda ex-namorada?
3 - O amor não passa do quê?

As respostas podem ser encontradas aqui e deverão ser enviadas para literatura@dmagia.net seus dados pessoais (incluíndo o nick de seguidor do blogue), até ao dia 4 de Dezembro.


Regras do passatempo:
1) Ser seguidor do blogue.
2) Apenas participantes com moradas de Portugal.
3) Apenas uma participação por cada nome e email.
4) Participações sem menção ao nick de seguidor do blogue não serão validadas. Atenção: o que é pedido é o nick de seguidor do blogue e não do facebook.
5) Os portes de envio são por conta dos vencedores (com a possibilidade de entrega em mãos nas zonas de Lisboa e Sintra).

Passatempo "Juntos temos poder" - Vencedores

A D'Magia agradece a todos os participantes, infelizmente só 3 poderiam ser premiados. As respostas correctas a este passatempo eram:

1 - Qual a profissão de Cristóvão Santos?
Médico.

2 - Cristóvão convive de perto com o quê?
Convive com o sofrimento de milhares de refugiados.

3 - Em que ano nasceu o autor?
1973.

4 - Qual foi o último livro lido pelo autor?
“Bala Santa” de Luís Miguel Rocha.




E os vencedores são:
Pedro Costa – Povoa de Santa Iria
Sabine Mendes – Gondomar
Mónica Castro – Cabeceiras de Basto

Os vencedores serão contactado por email.
Parabéns aos vencedores e os votos de boas leituras.

Entrevista a Jorge Tinoco

Esta semana, trago-vos mais uma entrevista a um autor português, que simpaticamente se disponibilizou para nos dar esta entrevista. É ele, Jorge Tinoco.

Sobre o autor:
Jorge Tinoco nasceu a 12 de Janeiro de 1964, em Proselo, Amares. Frequentou os Seminários Maior e Menor de Braga. Ingressou, mais tarde, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Concluída a licenciatura em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses), fez alguns cursos técnicos nas áreas sociais. É sobretudo neste domínio que tem exercido a sua vida profissional, sendo actualmente Presidente da Comissão para a Dissuasão do Toxicodependência do Distrito de Braga. Tem colaborado com diferentes rádios e jornais. Quanto a livros de sua autoria, viu publicado pela “Editorial Escritor” o volume de contos “Tudo menos Serafins”, actualmente esgotado. Publicou também, desta feita em edição de autor, um selecção de “Alguns Escritos” de sua autoria, incidindo sobre temas de cariz mais filosófico e espiritualista ou intimista. Baseado em relatos de idosos internados no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Amares, escreveu ainda “Histórias de Vida”, um livro ilustrado com fotografias de Miguel Louro e editado pela Misericórdia amarense. A convite, integrou, juntamente com outros escritores minhotos, a colectânea “Contos do Minho”, sob a chancela da “Editorial Ave Rara”. Por opção, tem mantido alguns textos inéditos na gaveta, designadamente um romance. “O Mar de Paula”, lançado em ebook e em papel, pelas “Edições Vercial” é, por isso, o seu primeiro romance a vir a lume.


Entrevista:

Começaste a escrever com que idade?
Lembro-me de que, já na então chamada escola primária, a professora elogiava o modo como eu escrevia. Mais tarde, entrei para o Seminário Menor de Braga e fui granjeando igualmente o estímulo de quem aí me veio ministrando a disciplina de Português. Recordo sobretudo o grande carinho com que o Prof. António José Barreiros me apelidava exageradamente de “poeta”. Eu não era poeta nenhum nem sequer grande escrevinhador com rimas ou sem rimas – de maneira que tratarem-me assim constituía não mais que um acto gentil de considerável generosidade. O que é certo é que este apreço se veio consolidando no Seminário Maior, que depois frequentei durante um ano. Aí, tive como Professor de Jornalismo o Dr. Silva Araújo, então director do “Diário do Minho”. Como já na altura publicava alguns textos no “jornal de parede” do Seminário, acabei por ver dois ou três vindos a lume também naquele Diário. Acho que foi o momento em que saíram publicados, num sentido mais abrangente, os primeiros textos de minha autoria, talvez pelos meus 15 ou 16 anos, não posso agora precisar muito bem…

Foi fácil te lançares no mundo literário?
Acho que nunca é fácil (e nem sei se estou ou alguma vez estarei lançado no mundo literário). Sobretudo quando se tem a perspectiva de que a produção literária não pode deixar-se seduzir pelos apelativos critérios do mercado, sob pena de em grande parte perverter-se ou até prostituir-se. Mas houve circunstâncias que me vieram ajudando a caminhar sem abdicar destes princípios. No Porto, por exemplo, já na Universidade, senti um grande apoio por parte do Prof. Arnaldo Saraiva, que lia com imensa receptividade, paciência e prestabilidade os meus textos e me incentivava a continuar, afirmando que, ao nível da prosa, eu possuía as características necessárias para um dia “dar o salto” e sair do anonimato. Por sua sugestão, cheguei a publicar alguns artigos num jornal portuense e na revista da Associação de Estudantes da Faculdade de Letras. A seguir à Faculdade, colaborei de perto com a Associação Cultural e Literária “Autores de Braga”, onde conheci um excelente amigo que veio a olhar para os meus trabalhos quase como se fossem seus. Refiro-me a Cláudio Lima, que, sabendo de um volume de contos que eu pretendia publicar, remeteu o inédito para a “Editorial Escritor”, tendo vindo a ser aceite, publicado e depressa esgotado. Foi o primeiro livro que publiquei, de seu nome “Tudo menos Serafins”, com prefácio do próprio Cláudio Lima. Esse livro recebeu, de resto, várias referências laudatórias, quer em jornais da especialidade, quer por parte de outros autores, de que lembro com especial saudade as palavras amigas e cheias de entusiasmo de Maria Ondina Braga. Depois, surgiram convites para colaborar em rádios e jornais, bem como para um livro muito denso e volumoso sobre “Histórias de Vida”, baseado em relatos e memórias de idosos internados no Lar da Santa Casa da Misericórdia de Amares e publicado por esta Instituição. Entretanto, já me haviam incluído também, entre outros escritores minhotos, numa “Colectânea de Contos do Minho”, sob a chancela da “Editorial Ave Rara”... Aos poucos veio surgindo a incursão pelo romance, com a escrita de uma obra que tenho optado por manter inédita, na gaveta. De seguida, voltei-me para “O Mar de Paula”, que sai agora pelas “Edições Vercial”, quer como ebook, quer em edição impressa. É um romance em relação ao qual, mesmo nesta fase incipiente, vem aparecendo já a amabilidade de honrosos elogios, designadamente por parte de José Leon Machado, Cláudio Lima e Agostinho Domingues, entre outras personalidades. De maneira que é assim: talvez ainda não muito lançado, mas vai-se fazendo caminho, “dando os passos em liberdade… sem angústia e sem pressa”, como diria o Torga. Sempre sem viver para a fama e sempre sem fugir a ela se o tempo a trouxer, desde que não ofusque a lucidez e a humildade. O essencial, no fundo, é escrever: e, citando um outro autor, Mário de Andrade, “para mim basta o essencial”…

Onde vais buscar a tua inspiração?
Inspiro-me essencialmente nos olhares sobre a vida, com todos os seus contrastes e policromias. Muitas vezes em experiências da minha vida, que depois são ficcionadas, ao ponto de resultar algo que pode parecer nada ter a ver comigo. Mas, na génese, no primeiro impulso, esteve algo de vivido ou de alguma maneira experienciado. Creio que preciso desse lado: de me sentir implicado, para que o texto ganhe intensidade e sentimento. Só escrevo com emoção: seja ela um acto de amor, um sorriso de ternura, uma comunhão com a natureza, um momento de raiva ou um grito de revolta. Do centro deste vulcão, tantas vezes de extremos e contraditórios, é que vai surgindo a obra: algo que de início é um ponto concreto mas que depois se vai expandindo, até acabar amiúde com diferenças substâncias e até impensáveis ou indecifráveis no inicialmente pensado. E a inspiração, em larga medida, também nasce do gozo ou do desafio deste arrostamento constante com a surpresa, de que se faz e refaz a fermentação das personagens, dos enredos e dos livros...

Como é o teu processo criativo? Tens algum ritual?
É muito irregular o meu processo criativo. Até tendo em conta esse lado de assentar em muito nas emoções. Normalmente há alguma coisa que despoleta esse processo. Sem essa qualquer coisa, muitas vezes acontece-me estar parado longo tempo, ainda que no subconsciente já algo possa estar a ser construído. O grande ritual não é sentar-me e dizer todos os dias “hoje tenho de escrever”: é sobretudo estar receptivo e sensível à hora certa, ao ponto de sentir que, depois de talvez semanas sem escrever, “hoje não posso perder esta oportunidade em que a palavra me quer conduzir ao grande Monte da Transfiguração”. Daí que passe por períodos de semanas sem qualquer página e depois surjam ocasiões em que escrevo páginas e páginas seguidas, que posteriormente edito e revejo, aproveitando umas e desaproveitando outras tantas. Há um texto em que digo que a escrita é uma gravidez de risco: nasce de um momento de emoção, depois é preciso cuidá-la até que se forme um corpo no seu todo – mas o certo é que nunca sabemos previamente como será em rigor a criança nem sequer se chegará a vingar ou a ter grande carreira pela frente…

Quais são as tuas referências literárias?
Cada um com seu estilo e dentro de cada género, há tantos autores maravilhosos. Uns de expressão lusófona, outros das mais diferentes Línguas. Uns da poesia, outros da prosa. Em todo o lado, em todos os géneros e em todas as épocas há excelentes referências. E nem precisam de ter escrito muito num determinado género para se constituírem como uma referência nesse domínio. Sendo referência noutros géneros, a David Mourão-Ferreira, por exemplo, bastou-lhe escrever “Um Amor Feliz” para também no romance se tornar incontornável. De maneira que isto de referências é sempre muito amplo e poderia levar-me a cometer injustiças. Até porque as referências de alguém podem assentar mais numa questão de gosto estético, o que é subjectivo, do que propriamente em valor estético, esse sim objectivo. Ou seja, eu poderia referir um autor porque gosto e depreciar outro porque não gosto tanto, mas que até poderá ter literariamente bem mais valor. Mesmo assim, embora não querendo dizer que me fez apreciar menos outros, confesso que há um autor que me marcou muito, que é o Gabriel Garcia Marquez.

Fala-nos um pouco desta tua última obra. O que podem os teus leitores esperar de diferente em relação aos outros livros?
“O Mar de Paula” é um romance de desconstrução da própria história que veio sendo construída ao longo das páginas. Julgo que será por isso que Cláudio Lima se interroga se não será antes “um anti-romance, uma denúncia dos conteúdos e processos diegéticos de que a ficção, apesar das tentativas de ruptura e inovação, ainda não veio conseguindo até hoje libertar-se”. Para além desse mérito que lhe reconhecem, julgo que é essencialmente um livro de trama familiar e psicossocial bastante densa, retratando a várias vozes e sob vários ângulos, quer circunstâncias e sonhos da Humanidade de sempre, quer realidades intrínsecas e peculiares da sociedade actual. Daí que possa tornar-se num livro apreciável tanto sob o ponto de vista sociológico, como no plano de romance psicológico, escrito numa linguagem bastante fluida e poética, com momentos de grande carga erótica e emocional. Além disso, tem sido relevado também o facto de ser uma obra inédita no que toca ao ponto de ser escrita com capítulos intermitentes de narração, ora pela personagem masculina, ora pela feminina. As críticas e opiniões têm sido muito boas: mas cada um verá por si, porque cada leitor é um reconstrutor - e as páginas estão ávidas de quem as interpele, interprete e reconstrua…

De todas as tuas obras com qual é que te identificas mais? E porquê?
Não sendo muitas as obras, são já suficientes para terem todas pedaços de mim e ser difícil a resposta. Mas diria que “Tudo menos Serafins” reflecte bem uma fase da minha vida, sobretudo por ter passagens ficcionadas de vivência do Seminário.

Qual o teu livro preferido?
“Cem Anos de Solidão”, de Gabriel Garcia Marquez

Qual a tua citação preferida?
“Para ser grande, sê inteiro: nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda brilha, porque alta vive!”, de Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa.

Qual foi o último livro que leste?
Um que já deveria ter lido há muito, sendo que apenas perdi por ter estado tanto tempo sem o ler, pois é muito bom: “Levantado do Chão”, de José Saramago.

Quais são os teus planos e objectivos para o futuro?
Viver e escrever quando tiver vontade. Sem me preocupar se é para vir a lume ou meter na gaveta. Alguém dizia: “não faças demasiados planos para a vida porque podes estragar os planos que a vida tem para te dar”. Vamos vendo, sem deixar de ser proactivo e estar atento ao que possa ser útil. Só sendo útil vale a pena fazer alguma coisa, sonhando e contribuindo um pouco para um mundo melhor…

27 de novembro de 2010

Opinião - Imperfeitos

Título: Imperfeitos
Autor: Scott Westerfeld
Editora: Vogais e Companhia

Sinopse:
Num mundo de extrema beleza, a normalidade é sinónimo de imperfeição.
Num futuro não tão distante quanto isso, não há guerras, nem fome, nem pobreza. O mundo é perfeito. Todos são perfeitos. Pelo menos, depois de completarem 16 anos. Qualquer um pode ter a aparência de um supermodelo… e que mal haveria nisso?
Tally Youngblood mal pode esperar pelo seu décimo sexto aniversário, altura em que será submetida à cirurgia radical que a transformará de uma mera Imperfeita para uma deslumbrante Perfeita. Uns lábios bem delineados, um nariz proporcional, um corpo ideal… é tudo o que sempre quis. Já para não falar que uma vida de diversão num paraíso de alta tecnologia espera por si. Mas quando a sua melhor amiga decide virar as costas a esta vida perfeita e foge, Tally descobre um lado inteiramente novo do mundo dos Perfeitos – e que, por sinal, nada tem de perfeito. É então forçada a fazer a pior escolha possível: encontrar a amiga e traí-la ou perder para sempre a possibilidade de se tornar Perfeita.
Seja qual for a sua decisão, a sua vida nunca mais será a mesma.

Opinião por Andreia Dias:
O sonho de qualquer pessoa é ser perfeita, qual seria o mal se tudo pudesse ser perfeito e perfeitamente feliz? Soctt Westerfeld, mais uma vez, consegue surpreender com um livro onde todas as pessoas que o lêem caiem numa reflexão sobre os padrões de beleza que a sociedade tem vindo a incutir! Tally Youngblood é a personagem que vai sentir na pele os dilemas de ter de escolher uma sociedade perfeita, mas onde liberdade é sinónimo de ser vigiado 24 horas por dia durante o resto da vida dela e mexerem no cérebro para ser mais uma máquina com músculos orgânicos, ou um mundo onde liberdade significa lutar para que cada um seja como é, sem preconceitos pela aparência ou pela forma como pensa.
Um ponto positivo no livro, é exactamente a função que Shay tem em mudar o ponto de vista de Tally, que aos poucos vai apreendendo que a Perfeição está nos olhos de quem a vê. A amizade e o amor podem tornar até o mais miserável mendigo num ser magnífico, coisa que uma operação já mais tornara.
Scott Westerfeld também brinca de uma maneira interessante com o nosso ponto de perspectiva no sentido do que seria mais justo, pois ao longo do livro é apresentado que a operação surgira para combater as desigualdades que os estereótipos de beleza haviam criado. Nesse sentido, levanta-se a questão: Será que estaríamos prontos a abdicar da nossa consciência em favor de uma humanidade copiosa de manequins de montras de roupa?
Filosofias à parte e também porque cada leitor deve ter a sua própria reflexão sobre o tema do livro, também é visível a fluência escrita e a coordenação perfeita que o autor dá entre todos os acontecimentos. De página para página, o leitor vai se sentir incapaz de parar de ler, pois os acontecimentos sucedem-se a uma velocidade que não deixa dormir nem os mais preguiçosos em leitura.
Scott Westerfeld provou mais uma vez que um bom livro não está na “espécie” que os personagens são, mas sim no carisma que cada um possuí e na relevância que o tema pode trazer para a sociedade em que vivemos.
Concluindo, um livro que nenhum amante de ficção cientifica ira querer perder!

Opinião - A Rosa Rebelde

Título: A Rosa Rebelde
Autor: Janet Paisley
Editora: Bizâncio

Sinopse:
Numa época em que a guerra civil dividia a nação, Anne acreditou que podia bater-se com os melhores guerreiros. Pela espada. Por convicção. Por paixão. A Rosa Rebelde conta-nos a fascinante e turbulenta história de uma notável figura histórica, Lady MacIntosh, que ficou conhecida como coronela Anne. Foi uma heroína das Terras Altas da Escócia, uma encantadora rebelde, uma Braveheart que arriscou tudo, incluindo a sua vida, por amor ao seu país e ao seu rei. Fruto de uma cuidada investigação histórica, e com notável mestria, Janet Paisley criou uma extraordinária história de amor, conflito, lealdade e traição que se lê compulsivamente. Uma sensual aventura histórica, repleta de emoção, protagonizada por uma heroína apaixonada e irresistível.

Opinião por Andreia da Silva:
Sou fá de romances históricos. Não sei porquê, mas provavelmente por serem épocas com as quais não tive oportunidade de sentir. Gostei especialmente deste livro pelas descrições que a autora faz. Descrições belíssimas de lugares, de pessoas e de tempos! Brilhante. Verdadeiros momentos de poesia entre linhas de prosas. E depois há Anne. Lutadora, apaixonada, forte, solidária e valente! Corajosa ao ponto de sacrificar a vida e a felicidade própria pelo povo. Aconselho a todos os que gostam de belas histórias, de paixões avassaladoras, de batalhas sangrentas, de povos decididos a lutar pela sua terra e de mulheres que mostram que são tão ou mais corajosas do que os homens.

Opinião - Revolutionary Road

Título: Revolutionary Road
Autor: Richard Yates
Editora: Civilização

Sinopse:
O primeiro romance de Richard Yates, Revolutionary Road, tornou-se um clássico logo após a sua publicação em 1961. Nele, Yates oferece um retrato definitivo das promessas por cumprir e do desabar do sonho americano. Continua hoje a ser o retrato da sociedade americana. Um casal jovem e promissor, Frank e April Wheeler, vive com os dois filhos num subúrbio próspero de Connecticut, em meados dos anos 50. Porém, a aparência de bem-estar esconde uma frustração terrível resultante da incapacidade de se sentirem felizes e realizados tanto no seu relacionamento como nas respectivas carreiras. Frank está preso num emprego de escritório bem pago mas entediante e April é uma dona de casa frustrada por não ter conseguido seguir uma promissora carreira de actriz. Determinados a identificarem-se como superiores à crescente população suburbana que os rodeia, decidem ir para a França onde estarão mais aptos a desenvolver as suas capacidades artísticas, livres das exigências consumistas da vida numa América capitalista. Contudo, o seu relacionamento deteriora-se num ciclo interminável de brigas, ciúmes e recriminações, o que irá colocar em risco a viagem e os sonhos de auto-realização.

Opinião por Andreia da Silva:
Não vi o filme, ainda. Prefiro sempre ler os livros antes. E depois de ler este livro, fiquei com a curiosidade aguçada para ver a April e o Frank "em carne e osso". A história parece banal. Tenho de salientar o parece. Parece a vida de um casal normal, feliz e estável, a viver na sua casa com os dois filhos e com a vida social activa. Mas não. O autor, de uma forma brilhante, mostra-nos a inquietude presente na monotonia, a infelicidade de uma vida estagnada que aos olhos de fora é o ideal. Eles tentam. Eles tentam mudar, olhar lá para fora e perceber que há mais vida do que aquilo. Mas o destino, ironicamente, não deixa. O destino insiste que aquela vida é o ideal. April contraria o destino. April não se conforma. April não quer esta vida para ela. Não quer e a história dá um salto. O final surpreendeu-me, mas é o que dá ao livro, toda a beleza e significado.

Opinião - O Jardim Do Dragão Púrpura

Título: O Jardim Do Dragão Púrpura
Autor: Carole Wilkinson
Editora: Círculo de Leitores / Bertrand

Sinopse:
O último dos dragões imperiais morreu. Deixou contudo uma pequena cria, o irrequieto Kai. Protege-o Ping, a antiga serva da casa real que encontra refúgio nas montanhas proibidas de Tai Chan. Perseguidos por um terrível necromante que planeia eliminar todos os dragões do mundo, a jovem guardiã tem de estar sempre alerta. Capturada pela guarda do imperador, com quem brincou em criança, pensa ter encontrado finalmente paz e protecção. Mas o imperador que cresceu ao seu lado transformou-se – pensa agora apenas em como obter a sua imortalidade. Uma história de fantasia e aventura a fazer-nos viajar até à China durante a Dinastia Han. Livro sequela de «A Guardiã do Dragão». Kai é um adorável dragãozinho púrpura. Sempre esfomeado, não sabe dos perigos que o rodeiam. Depois do desaparecimento do seu velho pai, o magnífico Danzi, é Ping uma jovem serva que fugiu à escravatura que toma conta do último dos dragões. Depois de «A Guardiã do Dragão» a autora britânica continua a saga de Ping, agora uma jovem adolescente, que percebe a responsabilidade que tem em mãos. O velho dragão Danzi confiou-lhe o seu único filho, Kai, e ela tudo fará para o proteger da malvadez dos homens. Transportando-nos à China do século II a.C., quando reinava a Dinastia Han, este é uma daqueles livros que nos brinda com imaginação, sabedoria e aventura. Escondida nas sagradas montanhas de Tai Shan, Ping acaba por ser capturada pelo imperador Liu Che. Tendo crescido juntos – ela enquanto serva, ele enquanto príncipe, Ping quase se deixa enganar pela segurança que sente no palácio. Mas quais são de facto as intenções do imperador? Porque vive obcecado com a imortalidade? O que planeia fazer a Kai? O jardim onde se esconde o último dos dragões é um refúgio ou uma prisão?
Mais uma aventura a seguir pela leitura deste «O Jardim do Dragão Púrpura».

Opinião por Vítor Caixeiro:
Sou daqueles leitores que não consegue deixar uma história a meio. Acabada a leitura de "A Guardiã do Dragão", não resisti a este segundo volume "O Jardim do Dragão Púrpura".
Nesta continuação, ligeiramente mais pequena, Ping inicia uma nova aventura, agora com um dragão bebé. Ela confronta-se com vários obstáculos no caminho que impedem a sua sobrevivência e da cria que transporta. Adianto que conhecerá uma nova personagem, divertida e ingénua, que se tornará muito próxima de Ping.
Neste livro, existe um pouco mais de humor. Não só é mais descontraído que o primeiro, mas também mais detalhado. Ainda assim, não gostei do fim. Pensava que fosse decisivo e determinante para os protagonistas. Fica em aberto. O que se segue ao último capítulo é puro mistério.
Não vou revelar mais pormenores. Não vos quero estragar uma leitura fantástica e aliciante a cada página. Adoraria que Carole Wilkinson escrevesse o terceiro volume, no qual finalmente saberíamos se Ping terminaria a sua missão e se ficaria em sossego no seu local de paz. Enquanto tal não é certo, aconselho-vos a embarcarem nesta inesquecível viagem. Garanto-vos que não ficarão decepcionados com a história de Ping, a menina sem nome, e do seu amável companheiro dragão.

26 de novembro de 2010

Novidades Booksmile para Dezembro

Depois do sucesso de vendas dos três primeiros títulos da Colecção MiniBíblias - Relógios, Apartamentos e Automóveis, a Booksmile lança em Dezembro (dia 2) dois novos álbuns que reúnem as mais apaixonantes fotografias de Motos e Nus.

A Colecção MiniBíblias é uma homenagem aos prazeres da vida através do registo fotográfico, deslumbrante e luxuoso. Para ir desfrutando ao longo do tempo, estas MiniBíblias são excelente obras para ter em casa ou para oferecer a quem mais gosta.


Neste livro, os melhores fotógrafos mundiais prestam tributo à beleza do corpo humano. De cunho artístico e erótico, este álbum fotográfico apela a um público vasto, tanto masculino como feminino.


Esta luxuosa memória fotográfica leva o aficionado a uma viagem alucinante desde os anos 20 até ao presente. As imagens detalhadas dão a conhecer as marcas mais conhecidas e revelam a sua forma ascética e tecnologia inspirada. As fotografias mais generalistas são reveladoras de uma viagem evolucionária de designs experimentais, modelos clássicos e formas familiares e modernas.

Novidade Pergaminho para Novembro

Título: Viver sem Ti
Autor:
Jorge Bucay
N.º Páginas: 200
PVP.: 14,50€

Sinopse:
Irene é uma prestigiada terapeuta de casais que dedicou toda a sua carreira a investigar os mecanismos do amor e a ajudar os seus pacientes a recuperar a autoconfiança após uma separação. A sua vida familiar e pessoal, aparentemente organizada e tranquila, vê-se virada do avesso no dia em que (ignorando o sábio conselho da sua avó Justina, que dizia «quem busca o que não deve, encontra o que não quer») descobre, no bolso do casaco do seu marido Luís, a factura de um quarto de hotel em que ele esteve... com outra mulher.
A partir desse momento, Irene inicia um processo que tantas vezes ajudou os seus pacientes a encetar: o da separação, da aceitação de que a sua relação com Luís chegou ao fim. Prepara-se então para partir em busva de um novo amor, um caminho que a leva à autodescoberta e ao reconhecimento do seu poder de escolha. Com inteligência, sabedoria e muito sentido de humor, os autores do best-seller Amar de Olhos Abertos apresentam a chave para escutar o coração e descobrir a autenticidade nas relações amorosas.

Novidades Centro Atlântico para Novembro

O Centro Atlântico apresenta o seu novo livro − «Mensagem – edição comentada, comemorativa do 75º aniversário da morte de Fernando Pessoa» −, da colecção Desafios, com 144 páginas, comentado por Auxília Ramos e Zaida Braga, em edição especial comemorativa do 75º aniversário da morte de Fernando Pessoa e com uma imagem de capa captada por André Boto − recentemente galardoado como o Melhor Fotógrafo Europeu do Ano.

Mensagem, obra-prima universal e universalista, é o único livro em língua portuguesa publicado em vida do poeta.

Mensagem é o poema épico sobre a pátria e o seu destino, o poema da glorificação do futuro.

A presente edição de Mensagem, comentada de forma acessível e em edição de capa dura, destina-se a ser lida e compreendida por todos.

Sobre o Autor:
Auxília Ramos, licenciada em Filologia Românica pela FLUP, é professora de Português e Literatura Portuguesa. Autora e co-autora de várias publicações no âmbito da didáctica da língua e literatura portuguesas; co-organizadora de colectâneas de poesia portuguesa (Almeida Garrett e Fernando Pessoa). Supervisora dos exames nacionais de Português de 12º ano.

Zaida Braga, licenciada em Filologia Românica pela FLUP, é professora de Português e Literatura Portuguesa. Orientou estágios pedagógicos de Português em colaboração com as Universidades de Aveiro e do Porto. Autora e co-autora de várias publicações relacionadas com a didáctica da língua e literatura portuguesas; co-organizadora de colectâneas de poesia portuguesa (Almeida Garrett e Fernando Pessoa). Supervisora dos exames nacionais de Português de 12º ano.

O livro tem um PVP de 14,00 Euros e poderá ser encontrado à venda a partir da presente semana em todas as boas livrarias.


O Centro Atlântico apresenta o seu novo livro - «Emprego Garantido - Segredos infalíveis para conseguir o trabalho que deseja» -, da colecção Desafios, com 352 páginas, escrito por Harvey Mackay, inspirador, divertido e repleto de dicas comprovadas propõe-se guiar o leitor através do mercado de trabalho mais duro de todos os tempos.

Harvey Mackay, o «senhor que faz as coisas acontecer» da revista Fortune, escreveu cinco bestsellers, incluindo um dos mais famosos livros de gestão de todos os tempos - À Prova de Tubarões. Agora, regressa com o livro de referência sobre como conseguir, e manter, o emprego que realmente se gosta, quer se tenha vinte e um, cinquenta e um ou setenta e um anos de idade.
Mackay demonstra como se pode manter no seu melhor nível quando as condições são as piores. Os seus tópicos mais fortes ensinam-nos a:
· atacar a rejeição antes que esta o ataque a si;
· detectar os sinais de alarme que lhe podem revelar que está prestes a perder o seu emprego;
· saber dominar as entrevistas;
· negociar o emprego que quer, não o emprego que lhe estão a oferecer;
· retirar vantagem na forma como os empregadores tomam as suas decisões de contratação;
· misturar as novas tecnologias para criar redes de contactos com a mais tradicional conversa pessoal.

Sobre o Autor:
Harvey Mackay é autor de cinco bestsellers, incluindo os livros À Prova de Tubarões e Cuidado com o Homem Nu que lhe Oferece a Camisa como sendo dois dos quinze livros de gestão mais inspiradores de todos os tempos. Os seus livros venderam mais de 10 milhões de exemplares em todo o mundo e foram traduzidos para trinta e sete línguas e distribuídos em oitenta países.
Mackay é, também, um colunista da United Features Syndicate e um dos conferencistas de gestão norte-americanos mais popular e entusiasta. Foi nomeado um dos cinco melhores do mundo pela Toastmasters International. Mackay é Presidente da MackayMitchell Envelope Company, uma empresa valorizada em 100 milhões de dólares, que fundou quando tinha apenas vinte e seis anos.

O livro tem um PVP de 17,21 Euros e poderá ser encontrado à venda a partir da próxima semana em todas as boas livrarias.

Rita Salema é a convidada especial da nova aventura da Princesa Poppy


O aniversário do avô da Poppy aproxima-se, e a Colina do Pote de Mel resolve organizar uma festa surpresa e recordar uma tradição antiga da aldeia.
Mas o avô não faz ideia do que se está a passar, e começa a pensar que todos se esqueceram do seu dia especial, inclusive a Poppy, a sua princesinha! Qual será a sua reacção quando se aperceber do que o espera?

Eventos Papiro - 26 e 27 de Novembro






Novidade Quetzal para Novembro

«Não há muitos escritores que, como J. Rentes de Carvalho, tão destemidamente escolham a verdade como padrão (...)»
Trow, Amesterdão

Sentido de humor, capacidade de análise, reflexões ponderadas e claras – desde Com os Holandeses, reeditado pela Quetzal há dois anos, que temos vindo a publicar a obra de José Rentes de Carvalho. O português mais famoso da Holanda, precisamente por olhar e explicar como vê o mundo à sua volta: seja ele Amesterdão, Portugal inteiro como destino para viajantes ou Estevais de Mogadouro, pequena aldeia de Trás-os-Montes. Pouco conhecido entre nós, José Rentes de Carvalho tem vindo a ser descoberto por cada vez mais leitores. A Amante Holandesa foi um dos romances deste verão. Ernestina, o seu romance autobiográfico, foi recentemente reeditado e está aí com nova capa nas livrarias. Assim como este Tempo Contado – diário de escritos em 1994 e 1995, e começado naquele que diz ser o último aniversário da meia-idade. José Rentes de Carvalho nasceu a 15 de Maio de 1930, em Vila Nova de Gaia.


Um fascinante diário escrito nos anos de 1994 e 1995. Acolhido com grande entusiasmo na Holanda entre os leitores e críticos, Tempo Contado matiza o relato factual com a mestria estilística da melhor ficção do autor de Ernestina ou A Amante Holandesa. Um livro incontornável que apaixonará também os leitores portugueses.

«Um diário meu não terá a minúcia nem a intimidade das confissões dos de Pepys, ou o veneno destilado nos trinta e dois volumes do de Jouhandeau. Julgo que será, em factos e pensamentos, um relato essencial do dia-a-dia. Diários daqueles em que se anotam minuciosamente os sentimentos, até agora só tive um. Na adolescência. Quando o meu pai o descobriu e julgou encontrar nele a provável razão de, com os meus amores, eu ter descurado o estudo, obrigou-me a ouvir a leitura irónica e declamada que dele fez. Eu tinha dezasseis anos, a humilhação deixou marcas. Hoje, as ameaças desse dia e os insultos, as bofetadas que me deu depois, já não contam. Mas mais do que a dor a humilhação física, o ele ter violado os meus pensamentos e anseios íntimos foi das coisas que nunca consegui esquecer ou perdoar.»


Excertos:
«Domingo, 13 de Novembro – Creio que viveria desgostoso numa casa sem flores. Às vezes, como hoje, a meio da noite, entro na sala e acendo a luz sobre a mesa, só para ver o brilho de um ramo de cravos.»

«Segunda-feira, 5 de Dezembro – (...) Não se inventa: estamos no café, ele abre o embrulho para me mostrar e tira de lá o Tractatus logico-philosophicus, de Wittgenstein. Em primeira edição. Engulo em seco. Sei que ganhou dinheiro no comércio, mas nunca o ouvi falar de um livro, não o considero culto e nunca lhe suspeitaria uma inclinação para as coirsas do intelecto, menos ainda para a filosofia.
- Que surpresa. Wittgenstein.
- É para a minha mulher. Ela colecciona livros de autores em que entra Wit, que é o seu nome de família.»

23 de novembro de 2010

Novidades Fim de Século para Novembro

Sinopse:
O que pode uma língua? Que mistérios explicam a sua imensa capacidade de revelação do mundo? Em que medida ela nos conduz ao coração das coisas – ad intima rerum – ou, pelo contrário, se interpõe como uma névoa entre nós e aquilo que quereríamos pensar? Será mesmo verdade que só na língua a verdade se deixa perseguir e conquistar? Ou terá a verdade a condição extrema de um apagamento da língua perante a visibilidade e o esplendor do mundo?

Sobre o Autor:
Olga Pombo é professora auxiliar da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), coordenadora científica dos projectos Enciclopédia e Hipertexto (1999-2002), Migrações Conceptuais e Contaminações Sociais (2002-2005) e A Imagem na Ciência e na Arte (2006-2010). É membro de diversos projectos nacionais e internacionais, coordenadora científica do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa e coordenadora da Secção Autónoma de História e Filosofia das Ciências da FCUL, desde 2007. Tem publicados mais de uma centena de títulos, entre os quais Leibniz and the Problem of a Universal Language (Münster: Nodus Publikationen, 1987), Quatro Textos Excêntricos (Lisboa: Relógio d’Água, 2000), A Escola, a Recta e o Círculo (Lisboa: Relógio d’Água, 2002), Interdisciplinaridade: Ambições e Limites (Lisboa: Relógio d’Água, 2004) e Unidade da Ciência. Programas, Figuras e Metáforas (Lisboa: Editora Duarte Reis, 2006).

Sinopse:
Por que razão criam os homens obras de arte? Por que razão a beleza nos comove?

A Neuroestética é uma área de investigação recente que tenta responder a estas questões, a partir do quadro teórico da Neurologia. Ela explora as bases neurofisiológicas e evolutivas da experiência estética, no que diz respeito à produção e fruição das obras de arte e da beleza. Nesse sentido, oferece um lugar de encontro privilegiado e peculiar entre a Ciência e a Arte. Geralmente acusada de reducionismo, a Neuroestética é um campo de investigação controverso que desafia a nossa concepção de Arte enquanto uma das formas mais sublimes da criatividade humana.

Este livro oferece uma introdução crítica à Neuroestética e pretende contribuir para o debate actual sobre o valor filosófico e epistemológico desta disciplina e sobre a sua relevância para a compreensão da experiência estética. Nele se incluem três artigos fundadores, escritos por eminentes neurocientistas, e cinco trabalhos originais que foram apresentados num workshop internacional sobre Neuroestética, organizado, em Março de 2009, pelo Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa.

Sinopse:
Ciência e Arte são dois monumentos da criatividade humana. Através de ambos, o homem exercita a sua capacidade de expressão, influência e compreensão do mundo, utilizando métodos especialmente elaborados. Como um caso exemplar científico, podemos citar a Física, que se apoia, em grande parte, numa enorme variedade de métodos oriundos da Matemática, além de contribuir, inclusive, para o desenvolvimento de algumas ferramentas neste domínio do conhecimento. Já no campo artístico, podemos referir a Literatura, que também dispõe das suas metodologias específicas de interpretação, crítica e análise estrutural da matéria textual.

Mas será possível propor um cruzamento entre os métodos utilizados por cada um desses domínios do saber? Será possível importar um objecto da Matemática como ferramenta auxiliar na análise de uma obra literária? Seria coerente fazer uso de uma narrativa para se perceber um pouco melhor a noção guardada por um pacote de ondas de Fourier elaborada pela Teoria Quântica Ortodoxa? Com este trabalho, ensaiamos quatro cruzamentos entre saberes, como alternativas de releitura e compreensão de objectos advindos de áreas aparentemente tão distintas como a Literatura, a Física, as Artes Visuais e a Matemática.

Sobre o Autor:
João Araújo nasceu em Recife, Pernambuco, Brasil. É bacharel em Física (UFPE, 1997), tem um mestrado em Física da Matéria Condensada (UFPE, 2000) e, em 2004, especializou-se em Literatura Brasileira pela mesma universidade. Actualmente, reside em Portugal, onde finalizou o mestrado em Criações Literárias Contemporâneas, pela Universidade de Évora. É membro do Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, compondo a equipa do Grupo de Investigação de Filosofia das Ciências da Natureza.

Convite para o lançamento do livro "Palavra e Esplendor Do Mundo - Estudos sobre Leibniz", de Olga Pombo

A Autora, o Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa e a Fim de Século – Edições têm o prazer de convidar V. Ex.ª para a apresentação do livro


PALAVRA E ESPLENDOR DO MUNDO - Estudos sobre Leibniz- OLGA POMBO


O livro será apresentado por Marcelo Dascal, professor de filosofia na Universidade de Telavive e um dos maiores especialistas de Leibniz. Integrado no Colóquio Internacional Comemorativo do III Centenário da publicação dos Essais de Théodicée de G. W. Leibniz e 2.º Colóquio Leibniz Luso-Brasileiro.


Quinta-feira, 25 de Novembro, às 18h

Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Anfiteatro III

Alameda da Universidade